domingo, 30 de dezembro de 2007

Dos contos da vida

Era uma vez um sonho que virou realidade... Talvez todo mundo tenha tido um sonho desses, e eu não fui muito diferente.
Meu sonho não tinha nome, altura, religião, ele não tinha cor, não tinha cheiro, não tinha textura nenhuma, eu não sabia nada sobre ele, nunca construi nada sobre ele, só queria que fosse moreno, um sonho moreno.
Toda menina quando completa seus 12 anos começa a sonhar com isso, mas eu nunca fui muito assim.

Não fiz nada pro sonho acontecer, eu só segui o caminho que tinha pra fazer, eu sabia que uma hora ou outra eu encontraria-o por aí, quem sabe no supermercado, na padaria, no hospital, na faculdade, quem sabe eu já tivesse até encontrado mas a hora não havia chegado.
São coisas de destino diriam alguns, coisas que foram premeditadas que sem ter porquê nem razão, coisas que acontecem de supetão. Vapt e Vupt.

Com doze anos eu fui estudar na escola que eu estudaria por mais seis anos, onde aconteceriam tantas coisas dessas do destino.
Ali eu aprendi a ser quem eu sou, a respeitar o próximo, a dar valor pra tanta coisa, foi ali que o meu sonho esbarrou em mim, foi ali que eu perdi tantas chances de encontrá-lo, mas quando chegou o momento exato nós estávamos no local combinado.

Se outra pessoa contasse talvez ninguém acreditasse o sonho agora tinha cor, tamanho, jeito e dois olhos lindos, o sonho tinha crescido, o sonho estava há pouco mais de um ano passando por mim entre corredores e salas de aula, entre intervalos e saídas. O sonho ou como quer que tivesse que ser chamado estava ali o tempo todo.

E de repente, como meio que premeditado anos, vidas, séculos antes tinha de ser realizado, e só havia uma maneira. O sonho não havia sido sonhado pra ser mais um conhecido, ele não tinha sido idealizado nas mãos do destino pra ser mais um amigo, o sonho tinha sido sonhado pra ser o sonho mais bonito realizado.
O sonho virou minha razão, virou minha vida, de repente virou parte de mim, era um apnas um sonho, no baú dos sonhos, o sonho que um dia eu sonhei não era mais sonho, agora era ele um 'era uma vez'.


Ps: Dedicado à ele, minha realidade eterna.
Te amo meu Luca.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Das tantas

Lembra daquelas vezes em que a gente sentava no balcão da lanchonete, eu com pijama cheio de pintinhos, de pantufa de cachorro pedia um enrroladinho de queijo e presunto?
Lembra das histórias que você me contava que muitas vezes não me deixavam dormir à noite?
Sem querer hoje eu lembrei de você, é uma pena que você esteja tão incomunicável que eu não possa te dizer que adorei todas as histórias, que sei a maioria delas.
Você não está do outro lado do Atlântico, nem um tanto de kilômetros daqui, você se foi há um tempo que eu não sei ao certo dizer.
Hoje algo me trouxe saudades daquele amigo boêmio perdido nas minhas lembranças.
O sorriso jovem que iluminava seu rosto, o jeito malandro de falar e gesticular, a barba por fazer grisalha, a camisa social amassada.
As balas de hortelã que disfarçavam o seu vício de fumar um cigarro atrás do outro. O chopp gelado no copo, o clima quente lá fora.
Lembra desses fins de tarde, dessas vezes, das caronas no Escort vermelho fumacento, do meu pijama.
Será que onde quer que você esteja você lembra de mim?

Ps: ao Vilmar, eu nunca vou esquecer de você.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

desabafo (não considere um texto)

Eu tenho dezesseis anos, daqui há alguns meses além de fazer dezessete anos eu faço 1 ano de namoro. Tempo o bastante para muitas barreiras ultrapassadas, mas como canta a canção nem tudo são flores.
Eu sinto muito ter que te deixar com lágrimas nos olhos sem conseguir ao menos te falar 'Eu te amo'. Não foi o que eu sonhei pra nós dois, não foi o que eu planejei pra quem chegasse aqui.

Me desculpa ser assim.
Eu te prometo que vou resolver tudo isso, que você vai jogar sinuca com meu pai, ver um jogo de futebol, juro que aos domingos você virá me visitar, trazer flores pra minha mãe, chocolate pra mim. Pode parecer caretice, sei lá besteira talvez, mas eu vou resolver todos nossos problemas para que isso aconteça.
Eu não vou abrir mão de ter você, eu farei o impossível por mais díficil que seja.
Você me move. E eu sou feliz por ter a certeza de que apesar de tudo eu tenho você aqui

♪ Mesmo triste eu tava feliz

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Eu (stiffler) & Ele*

Depois de segundoa ao silêncio:

-tá com o stifller no colo?
-to
-ah, entendi. Por isso vc demora séculos né?
Você tem certa coisa, sei lá que coisa você tem com ele
que você esquece do mundo, deve ser a magia que eu senti tocando 'ia ia oooo';
música brotando dos dedos, mas como eu vou ser jornalista e escritora,eu transformo tudo em poesia, entende?
Música brotando dos dedos. Rimas!
A gente podia fazer uma parceria; eu componho você faz a música;
Cazuza e Frejat.
A gente ganha milhões fazendo arte!!



-Demorô amoor e daí compramos o carro amarelo.
-E pagamos em arte!
-E eu não preciso mais roba o Banco Central!!
-Isso!! Vamos faze agora uma música? Ou vc acha mais aporpriado sei lá, um bar à meia Luz, copos de whisky.
-Um bom drink.

-Isso e sei lá, uma letra rabiscada num guardanapo...
-Sexo!
-Arte!
- E rock'n'roll!!!

ps: Eu amo esse seu jeito de falar, eu pensando em arte e você...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Nunca esquecidas, aquelas amigas

Tomei banho, liguei o DVD, coloquei um filme. Eram 3:30 da tarde, há tempos eu não fazia isso. Meus dias de férias têm sido iguais, sozinha de manhã, sozinha à tarde, vendo filmes comigo mesma, planejando o daqui pra frente.
À noite sentada em frente ao PC, quando às vezes nem ele está lá pra conversar comigo e me contar besteiras sobre seu dia.
Na sala ouço o barulho das pessoas na rua, rindo sem mim, rindo de mim, talvez era pra eu estar lá.
Agora eu vejo todos meus erros enfileirados um à um na minha frente, todos eles confirmando as voltas que o mundo dá, todos eles tendo como consequência essa minha solidão.

O que aconteceu até agora eu não sei, as coisas se deram assim, eu não sei de quem tem sido a culpa, eu não sei porque elas agiram assim.

O fato é um só de uns tempos pra cá eu me senti excluída de tudo sabe? Eu notei que já não sabia de mais nada que acontecia em minha volta, eu notei minhas amigas de infância mudando e notei que talvez as coisas por algum motivo que até agora não sei, não durassem o pra sempre que nós queríamos. Eu só tenho 16. E elas eu já não sei, porque ao passo que eu cresci junto delas achei que cresceríamos na mesma velocidade, mas quando percebi talvez meu erro tivesse sido esse crescer rápido demais.

Agora o tempo passou e a raiva que eu senti nessas últimas semanas se transformou em saudade daqueles dias, daquelas tardes na rua sem fazer nada.
Me lembro de todas promessas, me lembro que moraríamos juntas e que nossos filhos seríam amigos. Talvez ilusão de quando nós temos 14, 15, 16...
o Tempo trouxe mudanças, mas não conseguiu levar minhas lembranças, de todas brincadeiras esquecidas lá na infância.

O único desejo que talvez eu venha a fazer nesse fim de ano é que tudo volte a ser como era antes.
Daquele jeito só nosso, tardes inteiras com vocês; Marina E Nathália

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

A tarde morna

Enquanto o ônibus avançava deixando árvores, postes e casas pra trás, muito mais coisas ficavam incompletas.
O beijo voou, atravessou a janela e foi parar na boca dele. O sorriso voou, atravessou paredes e foi ficar nas lembranças dela.
Uma avenida de pessoas passando, de vida correndo, de mundo nem sempre justo. Dois olhares que derrubaram o que viram pela frente, que se desencontraram a medida que o sinal abriu.
Um sorriso, algumas palavras amigas e lá foi ela, sem medo de perder, torcendo pra ganhá-lo.
Um medo de parar qualquer trânsito apressado, uma vontade de arriscar e ser feliz. Quase não foi encontrá-la. E se não tivesse ido? Sei lá.
Até aquele ponto os dois viveram o que cada um tinha pra ser vivido, lá cada um da sua maneira, e ela meio confusa entre razão, emoção. Ela é comum e é normal ♪. Ser humano, com encéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor. Assim como ele. Porém, tão diferentes entre beijos, abraços, sorrisos e meses que se passaram.


Hoje o beijo dela voou atráves da janela do ônibus, depois do feriado que foi o melhor que poderiam ter conseguido.

O sorriso dele ela guardou na lembrança. O cheiro dele impregnou-a.
A risada dela o faz sorrir sozinho.

'E todo mundo diz que ele completa ela. E vice-e-versa. Que nem feijão com arroz. ♪'

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Enquanto ele me diz mil coisas que eu até às vezes ouço algum sentido, eu leio cartas, blogs, e gibis.
Finjo que não corrói, o que tanto dói em mim.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

"O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser."
[Mario Quintana]

Uma partida

Era uma quarta feira de um tom meio cinza, um calor repentino que ameaçava chegar, de repente um vento frio batia voraz, e os seus cabelos castanhos voavam no ar.
Era tudo muito normal, uma manhã daquelas tais.
Às vezes aquelas manhãs traziam consigo jogadas inesperadas, coisas que ela amava.
Pareciam como eram. Os dois sempre juntos, mãos, sorrisos, piadas, abraços, enfim...
Mas as emoções eram como a temperatura daquela manhã, olhando os dois assim de longe, eu osvia igualmente longe.
Cada um com seu desprezo forçando a superar aquela vontade louca que ela sentia de pular no colo dele. Ele queria chegar perto, e a observava, ela sabia disso. Eles jogavam.
Olhares pelo cantinho dos olhos, ela queria tanto chorar, queria tanto dizer tudo que estava ali engasgado, mas ela só sabia escrever, no fundo tinha um jeito introspectivo.
As mãos dele procuravam algo que estava longe, escolha dos dois. De longe parecia que ele queria que ela fosse correndo seus braços, ela queria o mesmo, mas nenhum dos dois abandonaria o seu orgulho. Era um jogo. Eles estavam ali pra ganhar.
Àpice de raiva, de impulso e sei lá. Cada um no seu espaço, em seu campo, regras definidas.
Ela estava chatiada, ela não tinha feito isso! Porquê cartão vermelho? Nem sempre as regras são claras.
Nem sempre ele agia de uma forma que justificasse seus discursos políticos. Nem sempre ela agia da forma que queria. Talvez os dois devessem ser um pouco melhor. Eles jogavam.
Mas às vezes a estratégia falha. O orgulho cai. Impeachment. E os dois?
Ah... eles sempre voltam a ser do mesmto time.

domingo, 11 de novembro de 2007

Das cartas não enviadas

Lu,

Às vezes eu acho que é melhor ficar sem falar com você quando a gente está longe, mesmo com essa distância de corpos eu enxergo você aqui no meu dedo, eu enxergo você em cada lágrima que escorre pelo meu queixo. É você que se reflete em tudo que eu faço, você que dita a ordem das coisas que eu faço. É você.
Digito qualquer coisa nesse teclado diferente, dos meus dedos nascem palavras, histórias e às vezes relatos com esse. Sempre escrevendo. Sempre sobre você.
Me lembro da vez que você falou "Afê! Você usa Caps Lock pra letras maiúsculas?!", eu achava normal usar essa tecla, quando vc me disse que era mais prático usar a "Shift". Então tá.
Agora olhando sem querer para os meus dedos escrevendo sobre você noto um brilho diferente, que faz meu coração apertar um pouco mais, que faz minha garganta dar um nó mais apertado que o coração, que me faz pensar... Em você.
Às vezes eu penso que seria melhor ficar sem falar com você. Às vezes eu penso que é melhor ficar sem escrever pra você. Mas a janelinha pisca, o telefone me olha, o prateado no meu dedo, a minha mão direita, o timbre da sua voz que muda um pouco ao telefone. São coisas que às vezes eu acho melhor não ouvir, olhar, sentir. Doses homeopáticas de você entrando na minha mente, coração e veias...
Que saudade de te ter aqui, pertinho, comigo.
Sua, pequeninha.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Só por MAIS hoje.

"Encontrei um pedaço do meu sonho, que já não é tão novo, é bem antigo até. Encontrei-o e amassei, numa fração de impulso, raiva e aquilo que ainda está preso aqui dentro.
Joguei-o fora. Não quero mais lembrar da chance que eu tive e por questões que eu nem sei quais são... Perdi. Desastrosamente e vergonhosamente. Enfim...
Mentir que isso tudo já foi, que eu não me preocupo é ridículo. Nunca mais escrevi aqui, e a culpa foi desse sonho. Mais ridículo é eu estar desabafando em palavras, das quais eu não sou capaz de fazer nada além de textos furados.
Uma pena.
A esperança vive ainda respirando por aparelhos. Eu vivo ainda com o antigo sonho na cabeça, se vai dar certo, se eu vou conseguir algum dia desses. Sei lá. Pode ser?
Até pode, mas eu tenho que me libertar e voltar a respirar por mim mesma".

Só por hoje.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Nunca mais parece triste

Foi como perder o chão, foi como água que escorresse entre os meus dedos, foi como a dor de perder a Copa de 98, foi como a dor de perder a libertadores pro Boca Juniors em Tóquio. Foi péssimo.
Eu tentei não ligar, eu tentei ser mais forte, até jurei não vir aqui escrever sobre isso, tentei não deixar que isso ultrapassasse a barreira entre minha cabeça e os meus gestos. Eu tentei não chorar. Eu juro que tentei.
De repente o que eu achava que daria certo deu errado, de repente era mais um quadro que eu não desejava ver na parede da memória. De repente eu não faço isso muito bem, de repente...
O que me consolava naquela hora eram aqueles olhos, tão límpidos, tão sinceros, banhados de um brilho que um dia me conquistou, os mesmos velhos olhos de sempre.
Outro estranho fato foi notar o título do livro que estava na minha mão. Muita irônia do Sr. Destino, o livro que eu havia pego semana passada na biblioteca chamava-se "No fim dá certo", do Sabino. Eu gosto dele. Quem sabe se eu escrevesse biscoitos como ele ganharia o que eu tanto queria.
Os olhos, o título, tudo isso me fez pensar. Talvez eu devesse gastar menos tempo da minha vida pensando, talvez eu devesse aprender a pensar direito, a me expressar direito, a... Enfim.

O certo é de que a vida continua, que os sonhos não terminam assim. Pelo menos não agora.
Eu vou continuar, eu tenho os velhos e tão amados olhos, e eu tenho a vontade que não me deixa parar. Lágrimas pra depois, chorar agora é uma bobagem.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Das mediocridades; a de meter o nariz onde não se pode.



Meu Deus!! A blogosfera está sendo invadida!
Extra extra extra!!



Eu sou do tempo que "bloguê" era pra quem gostava de escrever, escrevia bem e acima de tudo tinha um vocabulário com mais de... 100 palavras (incluindo a regrinha do 'RR' na separação de sílabas)
O que conforta é saber que os textos aqui inscritos são de minha autoria (como se isso valesse muita coisa). E que eu sei regras gramaticais. Ou seja, qualquer gafe é mero acaso.

Não que a Blogosfera seja lugar apenas pra quem quer seguir, ou já é escritor, jornalista, publicitário e etc. Os blogs são de uso aberto, mas cabe bom-senso na hora de se expor e expor seus textos na web. é claro se você tiver a coragem de expor o que você "escreve".

A cada dia 75 mil blogs são abertos, o que dá uma alarmante proporção de 1 blog a cada segundo. Será que todo mundo aqui tem méritos suficientemente convincentes pra estar aqui? Um espaço gratuito, onde até corretor ortográfico tem (sorte de muita gente que não sabe dividir nem sílabas), onde você pode encher mil linguiças escrevendo mil bobagens, que seus "miguxinhos" vão ler e achar um barato. É a nova onda!

Todo cuidado é pouco, templates são abduzidos, banners, e quiçá (você sabe o que essa palavra significa, ou você tem o vocabulário de menos 100 palavras?) textos. Pois é que viva o Copyright e vamos que vamos, rumo à uma blogosfera cada vez mais... Medíocre.




ps: Todos os direitos reservados a minha opinião, de quem gosta de escrever, escreve rasoávelmente bem e acima de tudo conheçe mais do que 100 palavras. E porquê não ressaltar sabe o uso do RR. (:

domingo, 14 de outubro de 2007

Promessas

Choro de dor, tristeza, culpa... Saudade.
Choro de alegria, lembranças, amor... Vontade.
Procurando entender cada lágrima que escorre pelo rosto. Em silêncio.
Ninguém pode ouvir, ninguém pode perceber. Suas dores são suas. E disso eu sabia exatamente.
Dor, tristeza, culpa... Saudade. Incansavelmente. Perdão.

sábado, 13 de outubro de 2007

Enfim...

Peguei uma revista pra folhear enquanto dava o horário da aula de inglês começar. Sentei no parapeito da varanda, enquanto o sol brilhava no alto de um céu que há tempos não chovia. A capa era sugestiva. Verde com um baseado no centro. Achei legal, sei lá polêmico no mínimo.
Fui até o sumário achei a página da matéria de capa. Super legal.
Li página por página enquanto poucos minutos se passavam. Fiquei metade da aula de inglês pensando se no Brasil o que funcionaria era legalizar logo o uso de 'certas' drogas, ou era proibir mesmo e haver maior fiscalização quanto autoridades corruptas (como se isso fosse possível).
Na realidade eu qcho que o buraco é mais embaixo, e bem mais. Talvez seja mais comodo, ou mais lucrativo a marginalização das drogas. A maconha por exemplo na Hlanda não é tida como tão nocíva assim. é vendida abertamente, em cada esquina, não sabia que lá você poderia escolhar a variedade que quisesse da Cannabia Sativa. Acho que talvez essa seria a solução para o Brasil acabar de vez com o tráfico. Cada um tem o direito de escolher autodestruir-se.
Você tem capacidade pra ingerir drogas? Pra tomar altas doses de alcool, pra fumar um baseado? Seria simples. Puramente simples se as pessoas tivessem a consciência de que as consequências serão vividas por elas próprias. Mas consciência tem um buraco mais fundo também, o brasileiro tem muitas coisas pra reformar nele próprio para depois reformar o Senado, o Congresso e Brasília toda.

enfim...

Charme brasileiro de alguém sozinho a cismar

Ouvindo músicas de um ano atrás, parando pra pensar o que tanto eu mudei, o que tanto me mudou, o que tanto mudou nessa vida. As coisas poderiam estar paradas no tempo.
E você poderia nem ao menos ter surgido. Eu poderia estar do jeito que eu sempre fui, e como estou nesse instante.
Alguma coisa em mim está aos avessos, uma saudade de não sei bem o que, o choro engasgado na garganta. O anjo triste voltou a me fazer companhia. Eu não faço idéia do que poderia ter acontecido comigo se não fosse você ter originado um rumo compreensível a ela.
E agora eu estou sem ninguém, me perguntando porque o relógio anda tão devagar, me perguntando até quando isso vai durar. E eu nem sei ao certo te dizer o que vai ser, e eu não sei nem ao certo te dar certezas do meu futuro, eu não sei porque eu estou assim.
Tudo girando na minha cabeça, como se eu procurasse algum motivo ideal pra estar aqui. Perdida entre você e mim.
As lembranças, tudo que eu poderia ter sido, nada faz sentido sem você.
Eu poderia ser alguém que não sou hoje, mas será que valeria a pena?
Dói saber que talvez eu venha a te perder por nada, que talvez um dia todo meu sonho acabe. Saber que talvez um dia tenha que viver sem você, que alguém inventou que o pra sempre tem sempre um fim, eu queria ser pra sempre quem eu sou com você. Ser o meu melhor, te dar o meu melhor, são momentos, cheiros, olhos. É uma vida inteira entregue a mim.
Hoje o meu maior desejo e maior empenho é te fazer feliz. Mas estar longe de ti é ruim.
Desejo por um segundo desaparecer, ter de volta você. Você. Você. Só você.

Aonde está você agora além de aqui dentro de mim?! ♪

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

17:00 horas

Um céu azul que não queria chover. Calor de verão em Salvador, mas estavam em São Paulo, em baixo de um céu cinza que não tinha a menor intenção de chover.
Não ia chover. O calor já estava fazendo-os transpirar cada gota da água gelada sem gás que compraram de um vendedor ambulante.
Trânsito. Os termômetros digitais marcavam 35°C, eram 17:00 horas.
A cabeça prestes a explodir, deixando pensamentos borbulhantes espatifados em todos os cantos da imensa São Paulo. O céu cinza, o trânsito, calor. Calor. Sol, ambulantes, água sem gás, suor, buzinas, pessoas, stress.
Rotina de dias nessa cidade grande. Às vezes ventava, às vezes chovia, mas esse calor de hoje matava-os devagar, fazendo-os cozinhar dentro daquela caixa de metal, parados esperando um bendito sinal verde dizer que já podiam seguir pela a avenida parada.
Verde. Vermelho. Verde. Vermelho. Verde. Vermelho. Verde. Vermelho. E mais nada.
Até a vida resumiria-se a somente isso?
E já eram 17:01.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Momento

O tempo passou, assim como passaram-se tantas coisas pela minha vida.
Quando notei eu estava ouvindo palavras bonitas, daquelas bem ensaiadas que fazem meu coração pular quando as ouço vindas dele. Eram seis meses de completa confusão no meu coração. Naquela altura do campeonato eu encenaria cenas de filme americanos, recitaria poemas, plantaria uma bananeira, faria qualquer coisa. Eu estava explodindo de alegria.

Meses não passam de dias, horas, minutos, segundos... Sei lá. A palavra 'momento' define exatamente o que foram os seis meses. Cabe tudo em um livro gigantesco de romance, ou num quadro pintado com todo prazer, cabe numa canção, num olhar, cabe principalmente em dois corações, dos quais um deles é meu.
Nem sei como chegamos até aqui, não faço a menor idéia de onde surgiu a idéia de sermos felizes. Não era minha intenção. Eu na época queria ficar com um garoto que foi gentil comigo, que me fazia bem como amigo, me tratava de um jeito diferente dos babacas de mais ou menos uma década e meia.Eu tinha acabado de completar 16, e não faz diferença nenhuma esse detalhe. Mas acabou que deu certo, sei lá. Têm coisas na vida que são pra ser e ponto final. Conosco talvez tenha sido assim. Foi como se tudo colaborasse e de repente estávamos há seis meses.
Tempo considerável. Em seis meses deu pra gente fazer muita coisa que pessoas com uma vida toda pra trás não fizeram. Ou não souberam fazer, enfim...
Foi tudo lindo até aqui, e eu costumava não dar certeza de nada, até porque como diz a canção o amor não tem que ter sempre certeza. Naquela época eu não sabia se era como Cazuza cantava; Doença ou paixão se ia durar ou não. Eu vivi de um jeito estranho, que eu pensei que nunca fosse capaz de viver. Mas tanta coisa a gente pensa que não é capaz e de repente fica ali nas nossas mãos. A maior responsábilidade é que essa coisa tratava-se do coração de alguém. Eu fiz o melhor que pude e talvez tenha dado certo.

O que era um caso virou um romance, o que era uma mania minha de persistência acabou virando paixão, o que foi um dia paixão em todo seu fervor hoje é a essência do puro amor.

ps: para o meu Luca.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O que te faz feliz?

Toda vez que eu melhoro tem mais coisas pra eu melhorar. Talvez a minha vida resuma-se a isso o tempo inteiro, depois que eu conseguir ultrapassar um obstáculo terá mais milhões de outros.
Toda vez que eu me supero, tem mais aspectos a serem superados. E confesso que tudo isso torna-se chatice perto do que minha vida podia ser se não fosse essa cobrança incrível que eu e os outros fazem.
Melhorar é sinonimo de progredir. Ás vezes em algumas coisas eu regrido, mas nunca aceitei me sentir menos que ninguém. Às vezes a vontade que se tem é de fazer a diferença. De melhorar só o que você acha necessário.
Mas há pessoas que te observam, tem gente que olha por você, estão sempre ali a postos, prontos pra te dizer o que fazer, onde ir, do que gostar, como falar, como agir e no que você deve melhorar.
Nadar contra a corrente nem sempre é fácil, decidir onde você deve progredir, escolher o que você tem e quer fazer. Nem sempre é simples. Quem disse que tem de ser simples? É crescimento. Conhecimento por si só. Mas está aí a graça de se viver.
decidir viver por si só, são suas escolhas, suas consequências e sua vida. É tão normal errar, quanto querer melhorar. é fácil, é simples, é como diz Cazuza é bossa, é nova.
"Nadar contra a corrente pra fortalecer os músculos"¹.

"Fazer o que te faz feliz"².



¹frase citada em letra de música do poeta exagerado; Cazuza
²Frase citada em letra do Cbjr

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Eles.

Ela tinha um jeito estranho de andar, um cabelo que teimava em pairar no ar. Um certo hábito de balançar as pernas incansávelmente, uma certa impulsividade irritante, e às vezes a inconvêniencia de sempre. Às vezes. Ela era estranha como ele mesmo diz, magrela, pequena com um ar de quem ainda não cresceu metade do que tinha de crescer. Empinava o nariz e desandava falar sobre coisas das quais não entendia nada, às vezes o convencia, às vezes não. Falava sem parar, perdendo a linha de raciocínio sempre, metia-se todo dia como escritora de qualquer texto furado, na opinião dele ela dizia palavras complicadas. Talvez tivesse que disfarçar a completa falta de jeito com alguma coisa.
Tinha um jeito tímido aos primeiros olhos, realmente ela não queria passar o que ela não era. Nunca teve jeito pra coisa nenhuma que não fosse direcionada à ela. Sempre quis ser melhor que todo mundo naquilo que ela dizia fazer bem. Às vezes a teimosia era tanta que não sossegava até conseguir chegar ao ponto que desejou. Egoísta.
Mas talvez tenha sido esse jeito de pato ao andar, esse cabelo que teimava não parar no lugar e seu nariz empinado que o tenha encantado. Sei lá.
O coração não tinha nenhuma razão, escolher apaixonar-se por uma garota que era como mil outras garotas nesse mundo. Ela tentava fazer tipo de intelectual, mas conversava com as amigas sobre o pior seriado de Tv.
Mas ele se apaixonou, e ela não fez nada, apenas teimou. Teimou de que tinha que tê-lo não importava como, e sua impulsividade a fez tomá-lo uma semana depois do primeiro olhar. Ela havia conquistado o mundo, e se sentia toda poderosa, o nariz tinha aumentado de empinadez e ela desfilava com ele de mãos dadas.
Certa de que não ia se apaixonar. Ela lá era mulher daquilo?
Mas ele era o homem pra isso.
Ele cabia exatamente nos sonhos dela e no jeito de pato que ela tinha de andar. Alto, forte o oposto da garotinha que tentava empinar no nariz. Desencanado, inteligente, o posto da garota que tentava impressionar escrevendo coisas sobre seu mundinho, que tinha ambições que no minímo estavam longe dela...
Os opostos se atraíram, mera coincidência e teimosia da parte dela.
Ele se apaixonou pelas palavras que ela desendava a falar, pelos passos de pato e pelo tufinho de cabelo teimoso.
Ele se encaixou à ela como se fosse a única peça do quebra-cabeça da vida que dava justamente com ela.

Luca e Naty não eram nada parecidos, ele era de Touro e ela tinha 16.
E quem irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer que não existe razão?

ps: eu te amo!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Azul celeste

E subi a avenida com passos largos de quem tenta alcançar alguém. Não sabia quem eu tentava alcançar mas já estava quase correndo.
Um raio daquele sol de primavera invadiu meus olhos, mesclou de luz os meus cabelos, me fez sentir mais quente.
A grama estava verde, e sem querer olhando pro céu que havia sido pintado de azul reparei que meu caminho tinha mudado. Estranho eu nunca passava por ali. Pensei em voltar, mas não hesitei em seguir minha mente sem prestar muita atenção.
O dia estava lindo. Admirei o pouco do céu que conseguia ver entre as nuvens e prédios.
Subia rua, virei a esquina. Uma criança olhou pra mim de dentro de um portão, berrou um oi com a voz rouca, eu olhei sorri e segui em frente à passos largos de quem tenta alcançar alguém, no meu caso sabe lá o que.
Passei na pracinha, bem no alto pude ver um mundo cheio de contraste. Lembrei dele, alguém estava sentado no 'nosso' banco. As folhas voavam na grama que era verde.
O céu havia sido pintado de azul por alguém talvez exatamente como eu, andava às vezes com pensamentos estranhos, uma certa luz nos olhos e passos largos de quem quer alcançar alguém.

sábado, 29 de setembro de 2007

Tenho que te provar uma coisa
Eu tentei, não consegui porque
tem coisas
Que a gente não consegue vencer mesmo
(Cazuza)

Hoje eu desisti do curso de fotografia. Peso na consciência, agora eu estaria lá.
Eu gostava tanto...
Mas tem coisas que são assim mesmo. Eu sou estúpida mesmo.
Às vezes a poesia não está no que se consegue, mas em fazer o que se ama.
Ouvi dizer que um guerreiro não desiste do que ama. Eu desisti.
Estúpidamente desisti do que eu esperei 6 meses pra fazer.
Talvez eu espere mas seis meses, talvez eu tenha desistido de vez.
Tem coisas que a gente não consegue vencer mesmo. É fato.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Ainda não

E eu não estava mais aguentando. A espera me cansa, o vício me consome.
Às vezes a espera faz-se necessária, assim como é ela que me faz pensar em não enlouquecer.
Agora não. Ainda não.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Felicidade

Puta que pariu, sensação boa demais, ah se eu soubesse onde vende um pouco mais,compraria mais gramas dessa sensação. Viciante.
Como se eu tivesse saído de uma montanha-russa alucinante, com aquela adrenalina correndo nas veias. Aquele êxtase.

Realmente eu nunca fiz idéia do meu futuro. Só quero que ele tenha muito mais gramas dessa substância. Viciante.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Pensando;

Faltavam vinte minutos para às 18 horas. O céu ainda estava claro, não havia pôr -do-sol visto pela janela da cozinha. Os grilos já tinham começado a sereneta que se estenderia por um tempo ainda.
O dia tinha sido bom. Calor. Quinta feira de setembro, de algum ano depois dos dois mil, já não fazia muita diferença. O futuro era 'duvidoso'.

O estranho era como se sentia e nem sabia ao certo porquê, imaginava que como Renato Russo cantava; havia um anjo triste por perto, estava um tanto exausta. Tinha quase certeza de que precisava de muito mais do que somente essa vida.
E nem todas pessoas estavam ali para animá-la, e nem todas pessoas acreditavam nela, nem todas pessoas a viam como ela se enxergava. Nem todas as pessoas estavam entendendo a importância de tudo aquilo pra ela. Pressão. Exigência com sigo mesma.
Mas, ela sabia que assim como Renato também cantava; confie em si mesmo.
Ela estava acreditando...

domingo, 16 de setembro de 2007

Resposta

Ainda lembro o que eu estava lendo só pra saber o que você achou dos versos que eu fiz e ainda espero resposta. ♪

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Como tal

Disfarça, finge que não vê, tem gente nesse instante olhando pra você. Esquece, é tudo mera coincidência, te olham com os olhos de fora pra ver como é que tu é. Por fora. Esquece, finge que não viu, você mesmo olha pra tanta gente assim. Eu também, com nossos olhos de fora.
Eu me sento às vezes e observo olhares e gestos, com meus olhos de fora. Esquece, é mera mania das pessoas agirem assim, como eu, como você, não sejamos hipócritas. Esquece que pra mim esses olhos não fazem a menor diferença, eu nem sei direito como usá-los, prefiro meus outros pares, são mais transparentes, mais simples.
Esquece tudo isso, esquece que tem gente olhando pra você vendo como tú é por fora, e o que te importa? Esquece que é normal observar as manias alheias, esquece que todo mundo tem esses olhos idiotas, esquece que é normal você observar, esquece tão normal como tal é ser observado.
Sorria você está sendo filmado.
Esquece, finge que não vê, e vamos todos nos observando e sendo observados, não sejamos hipócritas. Esquece tudo isso e viva sua incoerência, afinal incoerência também é normal.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Vazio agudo









Ando meio







Cheio de tudo.
(paulo lemiski)

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Das manias... A de escrever

Foi um dia bom, revê-lo depois do feriado prolongado, poder abraçá-lo, brigar com ele, irritá-lo, andar de mãos dadas...
Foi um dia bom, como é habitual não me interessei por matéria nenhuma que contivesse números e fórmulas, odeio números e odeio fórmulas e odeio e odeio e odeio.
Foi um dia bom, mesmo sabendo que a prova bimestral de Física era pra dali dois dias, mesmo sabendo que teria que rachar de estudar pra quem sabe passar com média azul, definitivamente não sou inteligente, ou pelo menos não me esforço nenhum pouco pra agradar ninguém, tenho certa mania de querer me dar bem e fazer só o que eu gosto. Mania que atrapalha um pouco, seria tão mais fácil fazer média com os outros, mania ridícula essa minha.
Mas, foi um bom dia bom!

Estava distraída, no fundo da sala de Português, sabendo que tinham alguns exercícios de literatura pra fazer, lembrando de ir à biblioteca entregar um livro, pegar outro, pedir mais prazo pro Luca ler Feliz Ano Velho, conversando, rindo. Eu fui pega de surpresa. Confesso ter ficado feliz, é claro! Era o que eu sempre esperei, que já inclusive tentei, afinal, não sei por onde começar, nunca sei em que ponto eu começo, é difícil, isso só precisava de um empurrão, o resto eu faria.
Parece que ele surgiu... Fui pega e adorei, imagina só, imaginei, mil coisas, mil palavras, se eu ganhar? Ah... Seria surreal, algo que eu sempre sonhei, sempre tive essa mania também, de sonhar acordada, talvez a hora de colocar o sonho em prática fosse chegar.
O fato é que a professora me chamou, eu levantei e fui até a mesa dela, certa de que ela iria falar que eu sou uma boa aluna, inteligente, mas que precisava parar de conversar, ou na melhor das hipóteses que ela me daria uma prova do Enem em branco pra eu estudar. Só. Mas pra minha surpresa ela me fez um convite.
Grande coisa, um convitinho, mas pra mim foi sim grande coisa finalmente alguém olhou pra mim com outros olhos e o pior é que eu nunca escrevi nada tão bom pra ela. Algo que eu julgasse bom realmente, aliás acho que não fiz nenhuma redação esse ano pra ela, não tenho muito costume de entregar redações na aula dela, uma porque ela não passa muito, outra que eu não tenho paciência pra escrever sobre temas idiotas. A minha mania de querer fazer e me dar bem no que eu gosto enfim...
Ela me levou até a porta da classe onde estava a professora de Filosofia (que me mandou certa vez ir pro inferno, mas estranho eu gosto dela de graça, sabe?), e me convidou sem a menor cerimonia pra participar de um concurso de redação (yeees!), Diário do Grande ABC. Em letras garrafais, podia até me ver ganhando o concurso, sem nem ao menos saber quantos candidatos são, o que eu ganho ganhando, mas só de ter sido convidada (grande merda!) eu fiquei hiperfelizona. Verdade. É o que eu quero pra minha vida, a única coisa que eu sei fazer... Escrever é uma incompetência mesmo! E eu confesso que sou inconpetente, afinal, única coisa. Mania ridicula de fazer bem só o que eu gosto.

Uma vez tentei participar de um concurso de redações do Itaú (por intermédio da minha mãe), não deu certo no final, sei lá, não tinha idade o suficiente, ou melhor, eu tinha mais idade do que o suficiente, mas isso faz tempo, eu estava na 8ª série, e muito mais preocupada em não passar de propósito na Ete. Velhos tempos de irresponsabilidade absoluta. Queria voltar mais algumas vezes...

Pois é, tomara que eu tenha uma súbita inspiração no dia que a equipe vai na escola, tomara que gostem de mim, tomara que eu faça uma puta redação, tomara que eu passe de fase, tomara que eu ganhe o concurso. E sei lá... Ganhando e saindo pelo menos uma redação no Diárinho eu ficaria feliz, sei lá... Isso não importa muito, o que importa é mostrar que eu escrevo sim, por excelência e completa incompetência.


domingo, 9 de setembro de 2007

Chance pra ser Feliz.



Hoje fazem cinco meses daquele primeiro beijo na escada, lembra?
Eu lembro cada gesto, cada palavra e cada pensamento que passou pela minha mente, eu sei de cor tudo que aconteceu, eu me lembro de ter te olhado na quadra da escola, de longe... Ali eu não sabia que tudo mudaria, ali eu não sabia que era o inicio de uma História (com h!), mas parecia que toda história já havia sido escrita e nós tínhamos apenas que vivenciá-la nas páginas de algum livro.
Depois daquele dia muito da minha vida antiga ficou pra trás, manias, amigos, chatices, solidão, tudo isso ficou pra trás dando lugar à uma vida nova, a uma outra Natália, mais madura, mais feliz, pode parecer clichê eu dizer que o Luca mudou a minha vida, mas foi justamente isso que aconteceu, ele mudou tudo, me virou de ponta cabeça, e continua mudando todos meus dias, tonando-os mais perfeitos, mais felizes e me tonando melhor.
Sabe quando você se sente no meio de algum filme, lendo um livro que você é a personagem, sabe? E você é uma personagem criada pelo destino, que parece que antes dessa história ser escrita você não era nada, não tinha passado, não era infeliz, mas também não era feliz, você apenas esperava o momento certo de estar no lugar certo e encontrar o personagem certo pro autor escrever o que você faria.
Histórias assim às vezes tem um final feliz, mas com 5 meses, é impossível olhar pra frente e imaginar um fim, porque histórias realmente perfeitas continuam até os dias de hoje, os personagens vivem no imaginário, às vezes não felizes pra sempre, mas o importante é que é sim, pra sempre.

Quando alguém com essa importância surge na sua vida, você perde o chão, perde a noção de quanto vale cada segundo da sua vida, você quer mais, quer sempre, você quer, quer e quer. E assim você passa a amar, amar e amar.
De verdade, eu pensei que não passaria de uma semana, mas quando dei por mim completávamos 1 mês juntos, e depois vieram outros... E eu estou aqui imaginando como seria sem você, no mínimo sem graça, no mínimo sem razão alguma pra fazer qualquer coisa, tudo estaria mais opaco e mais embaçado, mas foi você que deu sentido na minha vida, foi você que me fez enxergar coisas que até então passavam despercebidas.
E por mais que eu lute contra tudo isso, não há mais saída eu te amo muito e espero que o autor da história continue do nosso lado, se não os personagens tomam vida e fazem sua própria história. Porque nada fará eu te esquecer.

Você foi o único que me fez ficar imaginando coisas bobas, foi o único que me fez pensar mil besteiras, foi o único que me abraçou e girou no ar, o único que deu risada comigo em momentos ridículos, o único que correu atrás de um ônibus comigo, o único que me deu vontade de nunca mais soltar, o único que eu amo e o único que eu confesso que amei de verdade e muito intensamente.
Quanto mais o tempo passa mais eu tenho certeza de que te amo. Quanto mais o tempo passa mais eu uso de frases feitas pra tentar explicar o que sinto, antes eu pensava que não chegaria a esse ponto de não encontrar palavras suficientes, mas hoje eu vejo que sou obrigada a usar clichês, mas verdadeiros.
Porque você era uma chance pra eu ser feliz, mas hoje tornou-se a razão pra eu ser feliz.


tudo resume-se em uma expressão, usada por muitos como um clichê qualquer, mas usada por mim à você como o mais profundo e puro do meu sentimento; Te amo.
E pra completar... Muito!




sábado, 8 de setembro de 2007

Fourteen

Acordava tarde, por volta das 11 da manhã, a claridade invadia a sala, a cortina bege que cobria a parede inteira voava devagar. Olhava ao redor, habituava-se com o clarão, ligava a televisão, se espreguiçava, ali começava um outro dia.
Um banho quente, fumaça pelo banheiro inteiro, brincava de jogar água nas paredes, desenhava no espelho embaçado, um coração e um nome que se quer lembra-se qual era.
Uniforme, calças azul marinho, listras brancas, camiseta branca, listras azuis, perfume, prendia os cabelos, colocava um par de brincos, pulseiras, tênis. Tomava um café da manhã-almoço, pegava a mochila azul, gritava um tchau bem alto e ia à escola.
Achava aquilo um barato, imagina só, pegar um ônibus sozinha, esperá-lo no ponto, finalmente tinha se livrado daquela perua escolar ridícula, achava mesmo que era independente e tinha liberdade suficiente pra 14 anos. E nem faz muito tempo...
Andava horrores, conversava, ria com uma amiga que jurava ser pra sempre, acabaram se distanciando um ano depois, coisas assim aconteciam, embora ela ainda não soubesse.
Voltava da escola contando tudo que tinha feito, todos os olhares que tinha recebido de alguém que hoje ela não se lembra muito bem, talvez fosse Fulano, ou Sicrano, não... Talvez fosse Beltrano. Ela pensou que fosse morrer de amor, mas hoje não se lembra quem era ao certo.
Chegava a cada dia com uma novidade diferente, o primeiro beijo de verdade com o fulano que amava, a primeira matada de aula, a primeira nota vermelha, o primeiro castigo, primeiro desgosto, primeiras frustrações. Tinha 14 anos...
Saía da escola, ficava comendo batatas fritas até 19:30, conversando e rindo com amigos que também foram-se com o tempo, pegava o ônibus de volta pra casa, corria pra que chegasse antes que a mãe, tirava o uniforme amassado, jogava a mochila num canto qualquer, trocava de roupa, jantava, fingia estudar, assistia televisão até a madrugada, escrevia no seu diário sobre Fulano, dormia, acordava às 11 da manhã do outro dia...

Dois anos depois lembraria de tudo num sábado qualquer meio nostálgico, martelando na cabeça uma frase feita que cabia como uma luva para os dedos dela, ela era feliz e não sabia.

Gosto de Coca-Cola

De todas as coisas a sua volta muitas delas faziam lembrar dele. O gosto de Coca-Cola que sentia nos beijos, aquele palpitar à mais quando o via do outro lado da rua. Ah.. que saco, ela mal sabia onde ele estava, ela não sabia onde o encontrar, não sabia de mais nada sobre ele.
Teimava em continuar pensando nele, teimava em continuar esperando ele entrar no Messenger, teimava a esperar, esperar e não aguentava mais. Saudade dói. Cliché, mas verdade.
Queria poder vê-lo nesse instante, queria poder vê-lo ao acordar e continuar com ele até dormir, queria, queria e não ia deixar de querer tão cedo assim, teimava em querer.
Queria que ele ficasse abraçado à ela agora em que o tempo virava, o frio parecia que ia voltar, ela queria encontrá-lo por aí, queria que ele contasse uma das suas piadas sem graça, queria ver aqueles olhos, sentir o perfume entorpecente na sua nuca, queria que ele brigasse com ela pra tomar remédio, queria dar um beijo de bom dia, queria tudo isso, e continuaria teimando em querer.
E tudo isso a fazia pensar onde será que ele está. Ao redor as coisas lembravam-o, o papel de parede do seu computador, a pulseira no seu braço, a música que tocava justamente agora, os bilhetes esquecidos por aí. Ela o queria mais do que nunca, mas não o tinha, não queria ter que esperar mais tempo passar.
Só o que restava era esperar as horas se arrastarem no relógio, e sentir na próxima segunda (odiada por todos mas que ela amava) o gosto de Coca-Cola.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Provar nada pra ninguém

E derrubou com o mínimo de esforço um copo de cerveja na mesa inteira. Não, eu não deveria ter movido meu braço, sou meio desastrada, mas foi sem querer, nunca faria isso por querer, não sou tão idiota a esse ponto.
Enxurrada, vi cada gota voando pelo ar, mas eu não tive o que fazer a não ser abrir a boca pra dizer um "haaaan!!".
Não, eu não deveria ter movido meu braço, eu não deveria ter derrubado o copo, eu não deveria ter sentado naquela mesa, não deveria ter ido jantar, não deveria ter saído de casa, não deveria ter acordado, hoje só hoje não.
As coisas imprevisíveis acontecem pelo fato de você não enxergar nenhuma possibilidade delas acontecerem, e nessa noite pra mim nada disso aconteceria, banalidades que sempre estragam minha vida, ou pelo menos um dia dela. O engraçado e o que mais me perturba são seus olhos, você não conhece metade do meu jeito, você não sabe quem eu sou, vivendo 16 anos comigo. Talvez seja difícil enxergar que eu não sou essa babaca que você acredita que eu seja, deve ser difícil aceitar que eu não sou quem você queria que eu fosse, mas isso não faz diferença nenhuma agora, tudo o que tinha que ser dito já foi e só fez me machucar.

Eu cresci de acordo com os meus desejos, eu não disse nada que fosse pra te atingir, eu não disse nada dessa forma, você que sempre acha tudo o que eu faço errado, você que sempre distorce todas minhas frases, você que sempre acredita que eu sou apenas o que você vê por fora, você que não gasta um tempo querendo me entender, e eu que passo meus dias assim, às vezes sem olhar pra você, sem falar com você... E no mínimo isso dói muito.
Dói ver que você se sente indiferente quanto à mim, dói você não enxergar que eu não sou fútil, vazia, inútil como você acha que eu sou, dói não te orgulhar, dói muitas vezes ter que mentir pra você, dói não te contar minha vida e a parte mais bonita dela. E ouvir suas frases rústicas, dizendo que pra você tanto faz, dizendo que eu sou 'nota zero', olhando pra mim como se eu fosse alguém que pra você não significasse muita coisa além de problemas.
Eu tento não ouvir, eu tento ser indiferente como você, eu tento fazer o que me dizem pra fazer eu tento não chorar, tento fazer o que me dizem pra fazer, eu tento, juro que eu tento, mas eu não consigo ouvir tudo isso e ficar quieta, ouvir que eu sou uma... eu não sou isso, de verdade, eu não sou todas essas palavras que você me diz ser. Eu não sou, não.

Tantas brigas, tantos nós na minha garganta e sempre acaba assim, eu sendo tudo isso que você me diz ser, e tudo isso na minha cabeça, grudadas as palavras nos meus pensamentos, eu nunca vou conseguir ser melhor pra você. Eu continuarei sendo essa... Que você me diz ser. E depois eu voltarei com a minha cara lavada, como você disse, porque você acha que pra mim só o exterior vale, mas eu posso te dizer com todas as palavras eu não sou essa... Que você berra mil vezes que eu sou, eu não sou, não vou te provar que eu não sou, eu sei que eu não sou.

E aliás só pra deixar bem claro "EU TE ODEIO!". de verdade.

E não faz a mínima diferença se você é ou não meu pai, eu nunca trataria um filho meu desse jeito, dessa forma fria, grossa, eu nunca faria isso.
Pelo menos eu tenho um bom exemplo do que não devo ser, bem aqui, dentro da minha casa.

Feliz Ano Velho.

Acabei ontem o livro do Marcelo Rubens Paiva. Como ele mesmo diz "tesão" de livro. Virei fã do cara!! Tinha o descoberto semanas atrás em um programa de Tv, um que passa no Futura, achei-o simpático, me impressionou o fato da vida dele não ter sido muito confortável, primeiro a perda do pai (Rubens Paiva), dado como desaparecido e torturado na época da ditadura militar, depois o tal mergulho no lago com pose de Tio Patinhas.
Enfim, resolvi ler o livro dele, a história da vida não tão confortável dele. Meus pais tinham lido, e lá fui eu à biblioteca pegar o livro.
Enfim, devorei todas páginas, briguei com emu pai por que não parava um segundo de ler, briguei com o Lú porque eu o trocava pela história. Tesããão de livro!
Díficil eu ter uma relação assim com algum livro, eu amo ler, mas é díficil alguém escrever da forma que eu gosto de ler. Dá pra sacar?
Esse ano eu começei a ler um monte de livros, às vezes 4 ao mesmo tempo! Mas nenhum eu acabei com muito ânimo, acabei alguns, mas por terminar mesmo, fazia um tempo que eu não encontrava um livro pra deixar na cabeçeira, mas Feliz Ano Velho entrou pro Hall de livros preferidos da Natália.

Amei esse jeito simples de escrever, meio escrachado, e o jeito dele de contar as coisas, dá uma vontade absurda de saber como foi depois, como ele publicou o livro e como foi depois que o livro tornou-se um fenômeno editorial. Tesão de livro.
Gírias engraçadas, o jeito da juventude daquela época, o movimento esquerdista que os jovens de São Paulo participavam (do qual até meus pais participaram). O jeito que ele se refere ao Lula, mal sabia que o operário esquerdista viraria Sr Presidente (háháhá) e tronaria a esquerda uma direita de merda.
Tesão de livro. Os envolvimentos com todos os personagens, amigos, mãe, pai, namorada, o apelo pra política, pra música que surgia na época.
Ameeeeei.

Tudo isso resume-se em: "Tesão" de livro em que o cara "transa" várias coisas engraçadas e sérias ao mesmo tempo, conpondo meu livro predileto.Como ele diz agradando de troianos à loiras

Irônia

7 de Setembro é a independência da PUTA QUE O PARIU.
Por que no meu país nenhum conceito relacionado a essa palavra pode ser considerado verdadeiro.
São 500 anos de exploração.Uma população covarde.
Uma nação de corruptos e miseráveis.
Peguem seus carros e vamos passar o fim de semana prolongado.
Vamos aproveitar que não precisaremos nem trabalhar, nem estudar nesta sexta feira.
Divirtam-se, esqueçam seus problemas!!!!
[tico sta cruz, clube da insônia]



Um país declarado 'independente' de Portugal, porém (sempre no Brasil tem um porém), governado pelo filho do rei português ¬¬'
Assim no dia 07 de Setembro de 1822 o Brasil é declarado 'independente' e com uma nova companheira, nossa dívida externa :DD

Ironia à parte pelo menos é feriado prolongado.
data ridícula.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Colorido meio opaco.

Tinha se perdido tantas vezes entre pensamentos, ações e reações.
Tinha se encontrado poucas vezes, mas suficientes pra saber exatamente como funcionava aquela mente, à mil por hora, na velocidade da luz de qualquer cometa em uma galáxia distante.
Não tinha certezas, as que tinham não lhe revelavam boas coisas, afinal, pensar no depois ficava sempre pra depois, na sua vida muita coisa era ali no instante pensado. Ela não sabia o que queria, só sabia que tinha que ser o mais rápido possível, queria sair de tudo aquilo, perder o chão e o limite, queria liberdade batendo na cara feito o vento, queria ser como é, e como sempre soube que era.
As coisas não eram fáceis, ela sabia bem disso, o mundo não era colorido feito seu jeans azul, muitas vezes ela o pintava de uma cor qualquer, às vezes ele teimava em voltar a ser opaco, envelhecia até virar preto e branco, por mais que gostasse de fotos preto e branco, seu mundo não podia ser assim, ela sonhava à cores, e pior... ao vivo também.
Talvez fosse ingênua, ou não, nunca ninguém soube ao certo, ela sabia, mas haviam coisas que ela não diria à ninguém.
Ela tinha dúvidas, medos e uma coragem estranha de não abrir mão de ser feliz, às vezes não conseguia, tem coisas que a gente não consegue, não por serem difíceis, mas pelo medo de tentar, de ter coragem, ela pecava no excesso e sentimentos adversos...
Ela era do extremo. Sentia tudo mil vezes aumentado, via o mundo com olhos diferentes, andava com passos largos de quem quer alcançar o futuro logo ali. Personalidade forte que se misturava ao oposto nos seus traços tênues, delicados, de menina, mas no fundo ela sabia que era mais que muita gente que estava ali, ela não parava na sua delicadeza e educação, ela ia além... Tão além que às vezes se perdia entre pensamentos, ações e reações.

♪ Nos tímpanos: Maior abandonado-Cazuza

domingo, 2 de setembro de 2007

Esferográfica azul

Os bilhetes cuidadosamente escritos, esferográfica azul. Escondidos entre outros pápeis, entre o dia-a-dia, esperando a hora da descoberta, esperando ver os olhos brilharem e o coração palpitar. Tiveram alguns perdidos entre abraços, olhares e sensações.
Tenho meu preferido, o que guardo melhor que todos os outros, meu predileto, escrito em uma terça feira qualquer, descoberto na manhã de quarta, papel azul, esferográfica azul, dois nomes, e o palpitar do coração ao ver, sorrir sem perceber.Vieram outros, que gostei tanto quanto.
Não há presente melhor do que lê-los de novo, outra vez, mais tarde, outrora... Não há nada que traga mais lembranças, simples frases ensaiadas sem nenhum pudor, só um único desejo; fazer lembrar de algo que não podia ser esquecido.
Eles continuam aqui, no meio dos meus pápeis de anotações quaisquer, no meio do meu dia-a-dia, não me deixando esquecer, sempre ali pra eu ler, caneta Bic , papel azul, papel rosa, folha de caderno rasgada, um postal... Deixados supostamente em lugares planejados. Os bilhetes cuidadosamente escritos em esferográfica azul. Displicentes e cuidadosos descritos e escritos pelo amor.

♪ Nos tímpanos: Luz dos Olhos-Nando.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Tarde vazia

Uma sala de paredes gema de ovo, outras laranjas, bexigas penduradas, um quadro branco, lápis, canetas e papéis, aula de inglês.
Olhava pela janela, via um pedaçinho da rua, ouvia Ana Carolina, por segundos fechava os olhos, deixava aquele lugar e ao reparar só tinha olhos pra ele, somente ele que via.
E ele é a razão, é o que me faz abrir os olhos todo dia e desligar o celular a despertar debaixo do meu travesseiro, com vigor, com a vontade de uma criança indo passar as férias na Disney; mas não, certamente o que me aguarda não são férias, eu acordo todo dia pra escolher um colar que combine com os brincos e pegar um ônibus lotado, no meio de uma multidão, e no meio da multidão eu não tenho olhos pra ninguém não vejo ninguém.
Faço isso só pra ter a chance de olhar mais uma vez para aqueles olhos e abraçá-los.
Luca... Nada é capaz, e não há de haver mais nada nesse mundo que me traga tanta paz, que me faça tão bem, que me faça tão melhor.

Paredes gema de ovo, algumas laranjas, um vento frio bateu, me fazendo voltar à...
Minha realidade longe dele.



quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Ele não pára.

Olhando pra daqui para o relógio me dá desespero, o ponteiro dos segundos percorrendo cada volta com mais velocidade, eu tenho medo que não dê tempo de fazer tudo que eu quero.
Eu quero fazer tudo ao mesmo tempo, eu quero mais tempo, eu quero tudo ao mesmo tempo, eu quero ter tempo pra não fazer nada.

Tenho pouca consciência, mas tenho uma certeza; não sou nem metade do que eu quero e vou ainda ser, ainda falta tempo e eu quero que ele voe.Mas olhando outra vez para o relógio dá vontade de parar no tempo, de olhar com mais calma pra tudo isso. Por que eu tenho tanta pressa às vezes? Por que eu quero ter tudo ao mesmo tempo?

Enquanto eu penso sobre o tempo ele corre pra longe de mim, o pensamento voa até Mario (sem acento mesmo!), ele dizia coisas incríveis sobre o tempo;


A Vida

A vida são deveres que nós trouxemos pra fazer em casa.
Quando se vê já são seis horas!

Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, passaram-se 50 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade,eu nem olhava o relógio.

Seguiria sempre em frente iria jogando, pelo caminho,a casca dourada inútil das horas...
Dessa forma eu digo:não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo.
A única falta que terá, será desse tempo que infelizmente... Não voltará mais.

Mario Quintana

Talvez eu tenha que fazer isso, jogar longe essa inútil casca dourada das horas...



Dos Sentimentos... O Mais Puro.

Sono interrompido, ela abre os olhos com a visão ainda turva, o quarto escuro, a casa escura...
5:20 da manhã, ela está atrasada! Se estica, procura sua pantufa ao lado da cama, vai até ao banheiro se olha no espelho; "Meu olho piorou.". Arruma-se e faz toda rotina que alguém faz de manhã.

Entra no carro, pergunta como foi o jogo de quarta a noite, ensaia qualquer frase sem efeito, desce do carro "Tchau !" e vai esperar seu ônibus. O ônibus demora passar, sempre, mas ela prefere o esperar do que perder, manhã gelada, o céu de um cinza quase branco, a neblina não deixava quase enxergar um palmo em frente. Agosto.

Chegando lá, ela desce a rua, espera um carro passar fazendo barulho nos paralelepípedos, atravessa e dá a ele um beijo como bom dia. A manhã continua fria. Algumas palavras, risadas o portão do colégio vai fechar.

Andam pela rua, até o apartamento dele, um vento frio batendo e fazendo seus cabelos esvoaçarem, ela diz coisas sobre um filme qualquer, ele ri, brigam por causa do s jogos de quarta à noite, de mãos dadas eles chegam, entram no elevador, andam até o número 600 e alguma coisa.
Luz da sala acesa, capital inicial na Tv, os dois juntos, sincronizados.

Ela o ama e é impossível esconder, ele sabe que ela o ama, ela sabe que ele a ama.
Os dois nem se conhecem a tanto tempo, só o tempo de namoro, não foram antes sequer amigos, foram e são namorados, igual aqueles de romance juvenil, com todas as dúvidas, os medos, receios e a paixão.
Como aqueles que andando pela cidade você vê embaixo das copas das árvores no paço municipal, ou sentados nos banquinhos das pracinhas, ou por aí andando de mãos dadas, tendo o sorriso como o maior potencial.
Exatamente igual a tantos outros que por aí surgirão, talvez igual à você quando mais jovem, ou não. O certo é que os dois se completam, e ela tem orgulho de tê-lo consigo.
Ele a preserva, a faz feliz, a protege e acima de tudo a ama muito. Estampado na cara dos dois está com letras em negrito o amor.

Mais perfeito não podia ser, eles vivendo tudo que se há pra viver. Descobrindo um mundo inteiro apenas no olhar do outro.
Percebendo que o amor vai muito além daquele primeiro beijo na escada do colégio...


sábado, 25 de agosto de 2007

Fotografias...

Hoje eu acordei com vontade de ficar mais tempo dormindo. Hoje é sábado e o sol está lindo!
Começam as aulas de fotografia, eu confesso estar ansiosa, sempre fico assim em cada inicio de qualquer coisa.

Lembro que preciso comprar um caderno, adoro cadernos, livros, papéis, canetas, lapiseiras, agendas, enfim, todos os apetrechos que alguém usa pra escrever, ou ainda todas as bugingangas que alguém encontra numa papelaria da esquina. Mas eu prefiro as grandes, adooooooro me perder pelos corredores vendo papéiszinhos, pepélzões, canetinhas, clips e blá blá blá.
O pensamento volta e eu lembro que além de comprar um caderno eu preciso arrumar minha bolsa, lembro que o André chama essa minha bolsa de 'sacolinha de feira pra carregar laranjas', engraçado... Isso me lembra que no ano passado nas férias de Julho eu fiquei com a aliança do André as férias inteiras e a namorada dele quase terminou por isso. Se isso tivesse acontecido eu ia me sentir culpada, no mínimo.
Lembrei do almoço, não, eu não me lembrei a minha mãe lembrou pra mim, eu tenho 45 minutos pra almoçar, comprar um caderno e arrumar minha bolsa.
Sorte que eu já me arrumei, meu cabelo secou, eu já fiz a maquiagem e isso me lembra outra coisa... Eu não sobrevivo sem maquiagem, sou escrava dela, talvez por sempre ter convivido de perto com esse mundo da estética, mas minha mãe nunca prezou muito isso, nem nela nem em mim. Ela me ensinou que eu tinha que ter conteúdo, isso me dá medo... Será que eu tenho?
Voltando ao mundo... Eu preciso arrumar minha bolsa!!
Aliás que horário termina a aula? Procuro o papel que anotei, encontro, leio e uma preguiça me abate... Até as 17hs! São 3 horas lá? Eu tenho certeza que eu vou ficar com fome.
Lembro então do almoço e de levar um chocolate na bolsa pra comer durante a aula mesmo, nem um intervalinho eu terei, opá! a bolsa, eu preciso lembrar de arrumar minha bolsa, colocar canetas, lapiseira, borracha, meu perfume, minhas maquiagens, minha chave e... Lembrei! O chocolate porque eu tenho certeza que não sobrevivo 3 horas sem comer nada.
É eu lembrei que preciso fazer tudo isso logo porque hoje é o primeiro dia, eu não quero me atrasar, lembrei do caderno, minha mãe não vai querer parar em algum lugar pra comprar um caderno, vou levar um qualquer mesmo, aliás eu tenho que lembrar de pegá-lo.
Voltando pra onde comecei... Onde comecei mesmo? Ah... não sei, só sei que eu preciso ir agora, to ansiosa, ah... Eu já sei! Acabo de lembrar que quando eu estou ansiosa eu fico falando exageradamente, e como é de praxe fico balançando minha perna sem parar. O Luca não gosta disso, ele me persegue, mas é mania, uma delas que eu lembro que preciso mudar.
E o Luca onde estará agora?!

" Uma e meia Natália vem almoçar!"

pensamentos interrompidos... preciso ir.
Boa sorte pra mim (:

Preciso de algum remédio pra ansiedade, e um pra parar de sentir saudade e sem esquecer de outro pra curar minhas manias, ah... Claro ia esquecendo... Sorte que lembrei, preciso almoçar, comprar um caderno e arrumar minha bolsa.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Dos objetos: O espelho.

Vontade de sair sem rumo, sem lugar certo pra ir, sempre tive vontade de pegar o primeiro ônibus que passasse na minha frente e descer em outro lugar, um convite, um passaporte pra outro mundo, onde as coisas fossem de um jeito que eu não tivesse que ser papel principal na minha vida, um jeito coadjuvante de olhar pra si mesmo.

Às vezes a gente olha pra si mesmo e vê que aprendeu a caminhar sozinho, e isso me dá um certo orgulho, afinal, eu gosto de ser quem eu sou, de seguir e sempre querer ter o meu caminho.

Vontade de sair sem rumo, vontade de esquecer um pouco de tudo, de ficar só comigo, vontade de ver o sol se pôr, sumindo no horizonte da cidade. Um céu meio azul, meio avermelhado, meio cinza, onde toda aquela pressa do meu dia-a-dia fosse pra longe, onde eu pudesse me transportar pra um mundo meu, só meu...

Já pensou nisso? Ter um momento só seu, sem ninguém, a sós consigo mesmo, aquela solidão gostosa, aquelas lembranças de tempos atrás voltando... Um espelho que refletisse você como era antes, você iria gostar de se olhar?

Eu mudei e todo mundo muda, agora eu não queria voltar atrás, mas já quis mil vezes, tentar consertar erros, mas hoje eu olhando pra trás enxergo que no fim tudo tinha que ser assim mesmo.
Lembranças são boas, elas nunca me deixaram, mesmo quando eu forcei esquecer algumas coisas, elas não me deixaram... Nunca.
Pensei mil vezes o porque das amizades acabarem, o porque da gente crescer e ser tratado de uma forma fria às vezes, ou menos carinhosa, mas enxerguei que tudo isso acontece pra que você cresça.

Eu não lembro sequer do nome de algumas "amigas" minhas do prézinho ou do primário, aquelas que a gente dizia que seriam pelo resto da vida, que falávamos que seriam madrinhas dos nossos filhos. Estranho, elas gostavam de mim, eu gostava delas e nós nos davamos bem, porque coisas assim tem fim?
Talvez pelas mudanças (retomando o ponto inicial do pensamento), ou então porque a gente simplismente cresçe(ponto do pensamento número dois).
Uma coisa é fato; não tem porquê continuar uma coisa que não dá mais, que não tem nada a ver, coisas assim tem prazo de validade marcado com letras em negrito no rótulo.
Enfim, as amizades acabam, a gente muda com o término de todas elas, e muda com o ínicio de muitas outras coisas, a gente muda porque faz parte toda essa mudança, faz parte do nosso crescer, faz parte do nosso mundo adulto que logo logo estará dando as caras por aí.
Crescer, mudar... Tudo isso compondo quem seremos, ou o que nós somos, talvez...
Ah... isso são coisas pra outro assunto, coisas sobre nós mesmos, que somente nós mesmos temos direito e conseguimos entender e explicar.
Mas será que é necessário?

Não precisamos fazer nada basta sermos o que somos!

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

O primeiro dia


Os olhos brilhando com esse novo espaço, lugar em que eu poderei me expressar, contar coisas, inventar outras...
Sem pretensão nenhuma de ser lida por ninguém, apenas fico feliz por ter um lugar meu, compartilhar um pouco da Natália Alves com o mundo todo (afinal estamos falando de Internet).
Estranho mas, com a idade que eu tenho e no mundo que eu vivo, muitas coisas ficam pra trás, muitas coisas das que eu quero falar, muitas outras que são meus segredos perpétuos. Acho que aqui não terei isso, será mais uma reinvenção de mim mesma, poder falar comigo, daqui um tempo ler, perceber as mudanças, conseguir me entender.
Especificações à parte; Sou Natália de Melo Alves (y)
Não que eu me defina sendo apenas um nome, mas isso depende muito, nem sempre a gente sabe muito bem quem é, principalmente quando se tem 16 anos, mudanças constantes no meu comportamento,mas sempre prevalecendo a Naty normal, engraçada pra alguns, séria pra outros, mas pra mim eu sou apenas uma garota com sonhos que estão cada vez mais perto, objetivos brilhando ali perto dos meus dedos, só se esticar um pouco pra tocá-los...
Como falar de mim sem falar dos meus sonhos?!
Todos tão novos, tão meus, tão antigos, tão contraditórios. Sonhar é sempre bom, os meus sonhos me impulsionam, me movem, as minhas vontades me fazem ser o que eu sou.
Mas nem sempre o que a gente enxerga em volta fica de acordo com os nossos sonhos, mas desistir deles eu não vou assim tão fácil. Podem chamar do que for, teimosia, inconsequência, ou a mania adolescente de se dizer mais forte que tudo, mas facilmente eu não vou desistir.
Tá na personalidade de repente, sei lá, enfim...

O espaço continuará aqui, pra quem quiser ler, quem quiser saber, mas especialmente pra mim, pra poder ser realmente quem eu sou e às vezes não consigo, pra eu poder fazer meu mundo, minha mente, minhas idéias, pra eu finalmente me encontrar e poder dizer com toda clareza que sou mais do que somente isso.