domingo, 30 de dezembro de 2007

Dos contos da vida

Era uma vez um sonho que virou realidade... Talvez todo mundo tenha tido um sonho desses, e eu não fui muito diferente.
Meu sonho não tinha nome, altura, religião, ele não tinha cor, não tinha cheiro, não tinha textura nenhuma, eu não sabia nada sobre ele, nunca construi nada sobre ele, só queria que fosse moreno, um sonho moreno.
Toda menina quando completa seus 12 anos começa a sonhar com isso, mas eu nunca fui muito assim.

Não fiz nada pro sonho acontecer, eu só segui o caminho que tinha pra fazer, eu sabia que uma hora ou outra eu encontraria-o por aí, quem sabe no supermercado, na padaria, no hospital, na faculdade, quem sabe eu já tivesse até encontrado mas a hora não havia chegado.
São coisas de destino diriam alguns, coisas que foram premeditadas que sem ter porquê nem razão, coisas que acontecem de supetão. Vapt e Vupt.

Com doze anos eu fui estudar na escola que eu estudaria por mais seis anos, onde aconteceriam tantas coisas dessas do destino.
Ali eu aprendi a ser quem eu sou, a respeitar o próximo, a dar valor pra tanta coisa, foi ali que o meu sonho esbarrou em mim, foi ali que eu perdi tantas chances de encontrá-lo, mas quando chegou o momento exato nós estávamos no local combinado.

Se outra pessoa contasse talvez ninguém acreditasse o sonho agora tinha cor, tamanho, jeito e dois olhos lindos, o sonho tinha crescido, o sonho estava há pouco mais de um ano passando por mim entre corredores e salas de aula, entre intervalos e saídas. O sonho ou como quer que tivesse que ser chamado estava ali o tempo todo.

E de repente, como meio que premeditado anos, vidas, séculos antes tinha de ser realizado, e só havia uma maneira. O sonho não havia sido sonhado pra ser mais um conhecido, ele não tinha sido idealizado nas mãos do destino pra ser mais um amigo, o sonho tinha sido sonhado pra ser o sonho mais bonito realizado.
O sonho virou minha razão, virou minha vida, de repente virou parte de mim, era um apnas um sonho, no baú dos sonhos, o sonho que um dia eu sonhei não era mais sonho, agora era ele um 'era uma vez'.


Ps: Dedicado à ele, minha realidade eterna.
Te amo meu Luca.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Das tantas

Lembra daquelas vezes em que a gente sentava no balcão da lanchonete, eu com pijama cheio de pintinhos, de pantufa de cachorro pedia um enrroladinho de queijo e presunto?
Lembra das histórias que você me contava que muitas vezes não me deixavam dormir à noite?
Sem querer hoje eu lembrei de você, é uma pena que você esteja tão incomunicável que eu não possa te dizer que adorei todas as histórias, que sei a maioria delas.
Você não está do outro lado do Atlântico, nem um tanto de kilômetros daqui, você se foi há um tempo que eu não sei ao certo dizer.
Hoje algo me trouxe saudades daquele amigo boêmio perdido nas minhas lembranças.
O sorriso jovem que iluminava seu rosto, o jeito malandro de falar e gesticular, a barba por fazer grisalha, a camisa social amassada.
As balas de hortelã que disfarçavam o seu vício de fumar um cigarro atrás do outro. O chopp gelado no copo, o clima quente lá fora.
Lembra desses fins de tarde, dessas vezes, das caronas no Escort vermelho fumacento, do meu pijama.
Será que onde quer que você esteja você lembra de mim?

Ps: ao Vilmar, eu nunca vou esquecer de você.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

desabafo (não considere um texto)

Eu tenho dezesseis anos, daqui há alguns meses além de fazer dezessete anos eu faço 1 ano de namoro. Tempo o bastante para muitas barreiras ultrapassadas, mas como canta a canção nem tudo são flores.
Eu sinto muito ter que te deixar com lágrimas nos olhos sem conseguir ao menos te falar 'Eu te amo'. Não foi o que eu sonhei pra nós dois, não foi o que eu planejei pra quem chegasse aqui.

Me desculpa ser assim.
Eu te prometo que vou resolver tudo isso, que você vai jogar sinuca com meu pai, ver um jogo de futebol, juro que aos domingos você virá me visitar, trazer flores pra minha mãe, chocolate pra mim. Pode parecer caretice, sei lá besteira talvez, mas eu vou resolver todos nossos problemas para que isso aconteça.
Eu não vou abrir mão de ter você, eu farei o impossível por mais díficil que seja.
Você me move. E eu sou feliz por ter a certeza de que apesar de tudo eu tenho você aqui

♪ Mesmo triste eu tava feliz

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Eu (stiffler) & Ele*

Depois de segundoa ao silêncio:

-tá com o stifller no colo?
-to
-ah, entendi. Por isso vc demora séculos né?
Você tem certa coisa, sei lá que coisa você tem com ele
que você esquece do mundo, deve ser a magia que eu senti tocando 'ia ia oooo';
música brotando dos dedos, mas como eu vou ser jornalista e escritora,eu transformo tudo em poesia, entende?
Música brotando dos dedos. Rimas!
A gente podia fazer uma parceria; eu componho você faz a música;
Cazuza e Frejat.
A gente ganha milhões fazendo arte!!



-Demorô amoor e daí compramos o carro amarelo.
-E pagamos em arte!
-E eu não preciso mais roba o Banco Central!!
-Isso!! Vamos faze agora uma música? Ou vc acha mais aporpriado sei lá, um bar à meia Luz, copos de whisky.
-Um bom drink.

-Isso e sei lá, uma letra rabiscada num guardanapo...
-Sexo!
-Arte!
- E rock'n'roll!!!

ps: Eu amo esse seu jeito de falar, eu pensando em arte e você...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Nunca esquecidas, aquelas amigas

Tomei banho, liguei o DVD, coloquei um filme. Eram 3:30 da tarde, há tempos eu não fazia isso. Meus dias de férias têm sido iguais, sozinha de manhã, sozinha à tarde, vendo filmes comigo mesma, planejando o daqui pra frente.
À noite sentada em frente ao PC, quando às vezes nem ele está lá pra conversar comigo e me contar besteiras sobre seu dia.
Na sala ouço o barulho das pessoas na rua, rindo sem mim, rindo de mim, talvez era pra eu estar lá.
Agora eu vejo todos meus erros enfileirados um à um na minha frente, todos eles confirmando as voltas que o mundo dá, todos eles tendo como consequência essa minha solidão.

O que aconteceu até agora eu não sei, as coisas se deram assim, eu não sei de quem tem sido a culpa, eu não sei porque elas agiram assim.

O fato é um só de uns tempos pra cá eu me senti excluída de tudo sabe? Eu notei que já não sabia de mais nada que acontecia em minha volta, eu notei minhas amigas de infância mudando e notei que talvez as coisas por algum motivo que até agora não sei, não durassem o pra sempre que nós queríamos. Eu só tenho 16. E elas eu já não sei, porque ao passo que eu cresci junto delas achei que cresceríamos na mesma velocidade, mas quando percebi talvez meu erro tivesse sido esse crescer rápido demais.

Agora o tempo passou e a raiva que eu senti nessas últimas semanas se transformou em saudade daqueles dias, daquelas tardes na rua sem fazer nada.
Me lembro de todas promessas, me lembro que moraríamos juntas e que nossos filhos seríam amigos. Talvez ilusão de quando nós temos 14, 15, 16...
o Tempo trouxe mudanças, mas não conseguiu levar minhas lembranças, de todas brincadeiras esquecidas lá na infância.

O único desejo que talvez eu venha a fazer nesse fim de ano é que tudo volte a ser como era antes.
Daquele jeito só nosso, tardes inteiras com vocês; Marina E Nathália