sábado, 29 de setembro de 2007

Tenho que te provar uma coisa
Eu tentei, não consegui porque
tem coisas
Que a gente não consegue vencer mesmo
(Cazuza)

Hoje eu desisti do curso de fotografia. Peso na consciência, agora eu estaria lá.
Eu gostava tanto...
Mas tem coisas que são assim mesmo. Eu sou estúpida mesmo.
Às vezes a poesia não está no que se consegue, mas em fazer o que se ama.
Ouvi dizer que um guerreiro não desiste do que ama. Eu desisti.
Estúpidamente desisti do que eu esperei 6 meses pra fazer.
Talvez eu espere mas seis meses, talvez eu tenha desistido de vez.
Tem coisas que a gente não consegue vencer mesmo. É fato.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Ainda não

E eu não estava mais aguentando. A espera me cansa, o vício me consome.
Às vezes a espera faz-se necessária, assim como é ela que me faz pensar em não enlouquecer.
Agora não. Ainda não.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Felicidade

Puta que pariu, sensação boa demais, ah se eu soubesse onde vende um pouco mais,compraria mais gramas dessa sensação. Viciante.
Como se eu tivesse saído de uma montanha-russa alucinante, com aquela adrenalina correndo nas veias. Aquele êxtase.

Realmente eu nunca fiz idéia do meu futuro. Só quero que ele tenha muito mais gramas dessa substância. Viciante.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Pensando;

Faltavam vinte minutos para às 18 horas. O céu ainda estava claro, não havia pôr -do-sol visto pela janela da cozinha. Os grilos já tinham começado a sereneta que se estenderia por um tempo ainda.
O dia tinha sido bom. Calor. Quinta feira de setembro, de algum ano depois dos dois mil, já não fazia muita diferença. O futuro era 'duvidoso'.

O estranho era como se sentia e nem sabia ao certo porquê, imaginava que como Renato Russo cantava; havia um anjo triste por perto, estava um tanto exausta. Tinha quase certeza de que precisava de muito mais do que somente essa vida.
E nem todas pessoas estavam ali para animá-la, e nem todas pessoas acreditavam nela, nem todas pessoas a viam como ela se enxergava. Nem todas as pessoas estavam entendendo a importância de tudo aquilo pra ela. Pressão. Exigência com sigo mesma.
Mas, ela sabia que assim como Renato também cantava; confie em si mesmo.
Ela estava acreditando...

domingo, 16 de setembro de 2007

Resposta

Ainda lembro o que eu estava lendo só pra saber o que você achou dos versos que eu fiz e ainda espero resposta. ♪

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Como tal

Disfarça, finge que não vê, tem gente nesse instante olhando pra você. Esquece, é tudo mera coincidência, te olham com os olhos de fora pra ver como é que tu é. Por fora. Esquece, finge que não viu, você mesmo olha pra tanta gente assim. Eu também, com nossos olhos de fora.
Eu me sento às vezes e observo olhares e gestos, com meus olhos de fora. Esquece, é mera mania das pessoas agirem assim, como eu, como você, não sejamos hipócritas. Esquece que pra mim esses olhos não fazem a menor diferença, eu nem sei direito como usá-los, prefiro meus outros pares, são mais transparentes, mais simples.
Esquece tudo isso, esquece que tem gente olhando pra você vendo como tú é por fora, e o que te importa? Esquece que é normal observar as manias alheias, esquece que todo mundo tem esses olhos idiotas, esquece que é normal você observar, esquece tão normal como tal é ser observado.
Sorria você está sendo filmado.
Esquece, finge que não vê, e vamos todos nos observando e sendo observados, não sejamos hipócritas. Esquece tudo isso e viva sua incoerência, afinal incoerência também é normal.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Vazio agudo









Ando meio







Cheio de tudo.
(paulo lemiski)

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Das manias... A de escrever

Foi um dia bom, revê-lo depois do feriado prolongado, poder abraçá-lo, brigar com ele, irritá-lo, andar de mãos dadas...
Foi um dia bom, como é habitual não me interessei por matéria nenhuma que contivesse números e fórmulas, odeio números e odeio fórmulas e odeio e odeio e odeio.
Foi um dia bom, mesmo sabendo que a prova bimestral de Física era pra dali dois dias, mesmo sabendo que teria que rachar de estudar pra quem sabe passar com média azul, definitivamente não sou inteligente, ou pelo menos não me esforço nenhum pouco pra agradar ninguém, tenho certa mania de querer me dar bem e fazer só o que eu gosto. Mania que atrapalha um pouco, seria tão mais fácil fazer média com os outros, mania ridícula essa minha.
Mas, foi um bom dia bom!

Estava distraída, no fundo da sala de Português, sabendo que tinham alguns exercícios de literatura pra fazer, lembrando de ir à biblioteca entregar um livro, pegar outro, pedir mais prazo pro Luca ler Feliz Ano Velho, conversando, rindo. Eu fui pega de surpresa. Confesso ter ficado feliz, é claro! Era o que eu sempre esperei, que já inclusive tentei, afinal, não sei por onde começar, nunca sei em que ponto eu começo, é difícil, isso só precisava de um empurrão, o resto eu faria.
Parece que ele surgiu... Fui pega e adorei, imagina só, imaginei, mil coisas, mil palavras, se eu ganhar? Ah... Seria surreal, algo que eu sempre sonhei, sempre tive essa mania também, de sonhar acordada, talvez a hora de colocar o sonho em prática fosse chegar.
O fato é que a professora me chamou, eu levantei e fui até a mesa dela, certa de que ela iria falar que eu sou uma boa aluna, inteligente, mas que precisava parar de conversar, ou na melhor das hipóteses que ela me daria uma prova do Enem em branco pra eu estudar. Só. Mas pra minha surpresa ela me fez um convite.
Grande coisa, um convitinho, mas pra mim foi sim grande coisa finalmente alguém olhou pra mim com outros olhos e o pior é que eu nunca escrevi nada tão bom pra ela. Algo que eu julgasse bom realmente, aliás acho que não fiz nenhuma redação esse ano pra ela, não tenho muito costume de entregar redações na aula dela, uma porque ela não passa muito, outra que eu não tenho paciência pra escrever sobre temas idiotas. A minha mania de querer fazer e me dar bem no que eu gosto enfim...
Ela me levou até a porta da classe onde estava a professora de Filosofia (que me mandou certa vez ir pro inferno, mas estranho eu gosto dela de graça, sabe?), e me convidou sem a menor cerimonia pra participar de um concurso de redação (yeees!), Diário do Grande ABC. Em letras garrafais, podia até me ver ganhando o concurso, sem nem ao menos saber quantos candidatos são, o que eu ganho ganhando, mas só de ter sido convidada (grande merda!) eu fiquei hiperfelizona. Verdade. É o que eu quero pra minha vida, a única coisa que eu sei fazer... Escrever é uma incompetência mesmo! E eu confesso que sou inconpetente, afinal, única coisa. Mania ridicula de fazer bem só o que eu gosto.

Uma vez tentei participar de um concurso de redações do Itaú (por intermédio da minha mãe), não deu certo no final, sei lá, não tinha idade o suficiente, ou melhor, eu tinha mais idade do que o suficiente, mas isso faz tempo, eu estava na 8ª série, e muito mais preocupada em não passar de propósito na Ete. Velhos tempos de irresponsabilidade absoluta. Queria voltar mais algumas vezes...

Pois é, tomara que eu tenha uma súbita inspiração no dia que a equipe vai na escola, tomara que gostem de mim, tomara que eu faça uma puta redação, tomara que eu passe de fase, tomara que eu ganhe o concurso. E sei lá... Ganhando e saindo pelo menos uma redação no Diárinho eu ficaria feliz, sei lá... Isso não importa muito, o que importa é mostrar que eu escrevo sim, por excelência e completa incompetência.


domingo, 9 de setembro de 2007

Chance pra ser Feliz.



Hoje fazem cinco meses daquele primeiro beijo na escada, lembra?
Eu lembro cada gesto, cada palavra e cada pensamento que passou pela minha mente, eu sei de cor tudo que aconteceu, eu me lembro de ter te olhado na quadra da escola, de longe... Ali eu não sabia que tudo mudaria, ali eu não sabia que era o inicio de uma História (com h!), mas parecia que toda história já havia sido escrita e nós tínhamos apenas que vivenciá-la nas páginas de algum livro.
Depois daquele dia muito da minha vida antiga ficou pra trás, manias, amigos, chatices, solidão, tudo isso ficou pra trás dando lugar à uma vida nova, a uma outra Natália, mais madura, mais feliz, pode parecer clichê eu dizer que o Luca mudou a minha vida, mas foi justamente isso que aconteceu, ele mudou tudo, me virou de ponta cabeça, e continua mudando todos meus dias, tonando-os mais perfeitos, mais felizes e me tonando melhor.
Sabe quando você se sente no meio de algum filme, lendo um livro que você é a personagem, sabe? E você é uma personagem criada pelo destino, que parece que antes dessa história ser escrita você não era nada, não tinha passado, não era infeliz, mas também não era feliz, você apenas esperava o momento certo de estar no lugar certo e encontrar o personagem certo pro autor escrever o que você faria.
Histórias assim às vezes tem um final feliz, mas com 5 meses, é impossível olhar pra frente e imaginar um fim, porque histórias realmente perfeitas continuam até os dias de hoje, os personagens vivem no imaginário, às vezes não felizes pra sempre, mas o importante é que é sim, pra sempre.

Quando alguém com essa importância surge na sua vida, você perde o chão, perde a noção de quanto vale cada segundo da sua vida, você quer mais, quer sempre, você quer, quer e quer. E assim você passa a amar, amar e amar.
De verdade, eu pensei que não passaria de uma semana, mas quando dei por mim completávamos 1 mês juntos, e depois vieram outros... E eu estou aqui imaginando como seria sem você, no mínimo sem graça, no mínimo sem razão alguma pra fazer qualquer coisa, tudo estaria mais opaco e mais embaçado, mas foi você que deu sentido na minha vida, foi você que me fez enxergar coisas que até então passavam despercebidas.
E por mais que eu lute contra tudo isso, não há mais saída eu te amo muito e espero que o autor da história continue do nosso lado, se não os personagens tomam vida e fazem sua própria história. Porque nada fará eu te esquecer.

Você foi o único que me fez ficar imaginando coisas bobas, foi o único que me fez pensar mil besteiras, foi o único que me abraçou e girou no ar, o único que deu risada comigo em momentos ridículos, o único que correu atrás de um ônibus comigo, o único que me deu vontade de nunca mais soltar, o único que eu amo e o único que eu confesso que amei de verdade e muito intensamente.
Quanto mais o tempo passa mais eu tenho certeza de que te amo. Quanto mais o tempo passa mais eu uso de frases feitas pra tentar explicar o que sinto, antes eu pensava que não chegaria a esse ponto de não encontrar palavras suficientes, mas hoje eu vejo que sou obrigada a usar clichês, mas verdadeiros.
Porque você era uma chance pra eu ser feliz, mas hoje tornou-se a razão pra eu ser feliz.


tudo resume-se em uma expressão, usada por muitos como um clichê qualquer, mas usada por mim à você como o mais profundo e puro do meu sentimento; Te amo.
E pra completar... Muito!




sábado, 8 de setembro de 2007

Fourteen

Acordava tarde, por volta das 11 da manhã, a claridade invadia a sala, a cortina bege que cobria a parede inteira voava devagar. Olhava ao redor, habituava-se com o clarão, ligava a televisão, se espreguiçava, ali começava um outro dia.
Um banho quente, fumaça pelo banheiro inteiro, brincava de jogar água nas paredes, desenhava no espelho embaçado, um coração e um nome que se quer lembra-se qual era.
Uniforme, calças azul marinho, listras brancas, camiseta branca, listras azuis, perfume, prendia os cabelos, colocava um par de brincos, pulseiras, tênis. Tomava um café da manhã-almoço, pegava a mochila azul, gritava um tchau bem alto e ia à escola.
Achava aquilo um barato, imagina só, pegar um ônibus sozinha, esperá-lo no ponto, finalmente tinha se livrado daquela perua escolar ridícula, achava mesmo que era independente e tinha liberdade suficiente pra 14 anos. E nem faz muito tempo...
Andava horrores, conversava, ria com uma amiga que jurava ser pra sempre, acabaram se distanciando um ano depois, coisas assim aconteciam, embora ela ainda não soubesse.
Voltava da escola contando tudo que tinha feito, todos os olhares que tinha recebido de alguém que hoje ela não se lembra muito bem, talvez fosse Fulano, ou Sicrano, não... Talvez fosse Beltrano. Ela pensou que fosse morrer de amor, mas hoje não se lembra quem era ao certo.
Chegava a cada dia com uma novidade diferente, o primeiro beijo de verdade com o fulano que amava, a primeira matada de aula, a primeira nota vermelha, o primeiro castigo, primeiro desgosto, primeiras frustrações. Tinha 14 anos...
Saía da escola, ficava comendo batatas fritas até 19:30, conversando e rindo com amigos que também foram-se com o tempo, pegava o ônibus de volta pra casa, corria pra que chegasse antes que a mãe, tirava o uniforme amassado, jogava a mochila num canto qualquer, trocava de roupa, jantava, fingia estudar, assistia televisão até a madrugada, escrevia no seu diário sobre Fulano, dormia, acordava às 11 da manhã do outro dia...

Dois anos depois lembraria de tudo num sábado qualquer meio nostálgico, martelando na cabeça uma frase feita que cabia como uma luva para os dedos dela, ela era feliz e não sabia.

Gosto de Coca-Cola

De todas as coisas a sua volta muitas delas faziam lembrar dele. O gosto de Coca-Cola que sentia nos beijos, aquele palpitar à mais quando o via do outro lado da rua. Ah.. que saco, ela mal sabia onde ele estava, ela não sabia onde o encontrar, não sabia de mais nada sobre ele.
Teimava em continuar pensando nele, teimava em continuar esperando ele entrar no Messenger, teimava a esperar, esperar e não aguentava mais. Saudade dói. Cliché, mas verdade.
Queria poder vê-lo nesse instante, queria poder vê-lo ao acordar e continuar com ele até dormir, queria, queria e não ia deixar de querer tão cedo assim, teimava em querer.
Queria que ele ficasse abraçado à ela agora em que o tempo virava, o frio parecia que ia voltar, ela queria encontrá-lo por aí, queria que ele contasse uma das suas piadas sem graça, queria ver aqueles olhos, sentir o perfume entorpecente na sua nuca, queria que ele brigasse com ela pra tomar remédio, queria dar um beijo de bom dia, queria tudo isso, e continuaria teimando em querer.
E tudo isso a fazia pensar onde será que ele está. Ao redor as coisas lembravam-o, o papel de parede do seu computador, a pulseira no seu braço, a música que tocava justamente agora, os bilhetes esquecidos por aí. Ela o queria mais do que nunca, mas não o tinha, não queria ter que esperar mais tempo passar.
Só o que restava era esperar as horas se arrastarem no relógio, e sentir na próxima segunda (odiada por todos mas que ela amava) o gosto de Coca-Cola.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Provar nada pra ninguém

E derrubou com o mínimo de esforço um copo de cerveja na mesa inteira. Não, eu não deveria ter movido meu braço, sou meio desastrada, mas foi sem querer, nunca faria isso por querer, não sou tão idiota a esse ponto.
Enxurrada, vi cada gota voando pelo ar, mas eu não tive o que fazer a não ser abrir a boca pra dizer um "haaaan!!".
Não, eu não deveria ter movido meu braço, eu não deveria ter derrubado o copo, eu não deveria ter sentado naquela mesa, não deveria ter ido jantar, não deveria ter saído de casa, não deveria ter acordado, hoje só hoje não.
As coisas imprevisíveis acontecem pelo fato de você não enxergar nenhuma possibilidade delas acontecerem, e nessa noite pra mim nada disso aconteceria, banalidades que sempre estragam minha vida, ou pelo menos um dia dela. O engraçado e o que mais me perturba são seus olhos, você não conhece metade do meu jeito, você não sabe quem eu sou, vivendo 16 anos comigo. Talvez seja difícil enxergar que eu não sou essa babaca que você acredita que eu seja, deve ser difícil aceitar que eu não sou quem você queria que eu fosse, mas isso não faz diferença nenhuma agora, tudo o que tinha que ser dito já foi e só fez me machucar.

Eu cresci de acordo com os meus desejos, eu não disse nada que fosse pra te atingir, eu não disse nada dessa forma, você que sempre acha tudo o que eu faço errado, você que sempre distorce todas minhas frases, você que sempre acredita que eu sou apenas o que você vê por fora, você que não gasta um tempo querendo me entender, e eu que passo meus dias assim, às vezes sem olhar pra você, sem falar com você... E no mínimo isso dói muito.
Dói ver que você se sente indiferente quanto à mim, dói você não enxergar que eu não sou fútil, vazia, inútil como você acha que eu sou, dói não te orgulhar, dói muitas vezes ter que mentir pra você, dói não te contar minha vida e a parte mais bonita dela. E ouvir suas frases rústicas, dizendo que pra você tanto faz, dizendo que eu sou 'nota zero', olhando pra mim como se eu fosse alguém que pra você não significasse muita coisa além de problemas.
Eu tento não ouvir, eu tento ser indiferente como você, eu tento fazer o que me dizem pra fazer eu tento não chorar, tento fazer o que me dizem pra fazer, eu tento, juro que eu tento, mas eu não consigo ouvir tudo isso e ficar quieta, ouvir que eu sou uma... eu não sou isso, de verdade, eu não sou todas essas palavras que você me diz ser. Eu não sou, não.

Tantas brigas, tantos nós na minha garganta e sempre acaba assim, eu sendo tudo isso que você me diz ser, e tudo isso na minha cabeça, grudadas as palavras nos meus pensamentos, eu nunca vou conseguir ser melhor pra você. Eu continuarei sendo essa... Que você me diz ser. E depois eu voltarei com a minha cara lavada, como você disse, porque você acha que pra mim só o exterior vale, mas eu posso te dizer com todas as palavras eu não sou essa... Que você berra mil vezes que eu sou, eu não sou, não vou te provar que eu não sou, eu sei que eu não sou.

E aliás só pra deixar bem claro "EU TE ODEIO!". de verdade.

E não faz a mínima diferença se você é ou não meu pai, eu nunca trataria um filho meu desse jeito, dessa forma fria, grossa, eu nunca faria isso.
Pelo menos eu tenho um bom exemplo do que não devo ser, bem aqui, dentro da minha casa.

Feliz Ano Velho.

Acabei ontem o livro do Marcelo Rubens Paiva. Como ele mesmo diz "tesão" de livro. Virei fã do cara!! Tinha o descoberto semanas atrás em um programa de Tv, um que passa no Futura, achei-o simpático, me impressionou o fato da vida dele não ter sido muito confortável, primeiro a perda do pai (Rubens Paiva), dado como desaparecido e torturado na época da ditadura militar, depois o tal mergulho no lago com pose de Tio Patinhas.
Enfim, resolvi ler o livro dele, a história da vida não tão confortável dele. Meus pais tinham lido, e lá fui eu à biblioteca pegar o livro.
Enfim, devorei todas páginas, briguei com emu pai por que não parava um segundo de ler, briguei com o Lú porque eu o trocava pela história. Tesããão de livro!
Díficil eu ter uma relação assim com algum livro, eu amo ler, mas é díficil alguém escrever da forma que eu gosto de ler. Dá pra sacar?
Esse ano eu começei a ler um monte de livros, às vezes 4 ao mesmo tempo! Mas nenhum eu acabei com muito ânimo, acabei alguns, mas por terminar mesmo, fazia um tempo que eu não encontrava um livro pra deixar na cabeçeira, mas Feliz Ano Velho entrou pro Hall de livros preferidos da Natália.

Amei esse jeito simples de escrever, meio escrachado, e o jeito dele de contar as coisas, dá uma vontade absurda de saber como foi depois, como ele publicou o livro e como foi depois que o livro tornou-se um fenômeno editorial. Tesão de livro.
Gírias engraçadas, o jeito da juventude daquela época, o movimento esquerdista que os jovens de São Paulo participavam (do qual até meus pais participaram). O jeito que ele se refere ao Lula, mal sabia que o operário esquerdista viraria Sr Presidente (háháhá) e tronaria a esquerda uma direita de merda.
Tesão de livro. Os envolvimentos com todos os personagens, amigos, mãe, pai, namorada, o apelo pra política, pra música que surgia na época.
Ameeeeei.

Tudo isso resume-se em: "Tesão" de livro em que o cara "transa" várias coisas engraçadas e sérias ao mesmo tempo, conpondo meu livro predileto.Como ele diz agradando de troianos à loiras

Irônia

7 de Setembro é a independência da PUTA QUE O PARIU.
Por que no meu país nenhum conceito relacionado a essa palavra pode ser considerado verdadeiro.
São 500 anos de exploração.Uma população covarde.
Uma nação de corruptos e miseráveis.
Peguem seus carros e vamos passar o fim de semana prolongado.
Vamos aproveitar que não precisaremos nem trabalhar, nem estudar nesta sexta feira.
Divirtam-se, esqueçam seus problemas!!!!
[tico sta cruz, clube da insônia]



Um país declarado 'independente' de Portugal, porém (sempre no Brasil tem um porém), governado pelo filho do rei português ¬¬'
Assim no dia 07 de Setembro de 1822 o Brasil é declarado 'independente' e com uma nova companheira, nossa dívida externa :DD

Ironia à parte pelo menos é feriado prolongado.
data ridícula.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Colorido meio opaco.

Tinha se perdido tantas vezes entre pensamentos, ações e reações.
Tinha se encontrado poucas vezes, mas suficientes pra saber exatamente como funcionava aquela mente, à mil por hora, na velocidade da luz de qualquer cometa em uma galáxia distante.
Não tinha certezas, as que tinham não lhe revelavam boas coisas, afinal, pensar no depois ficava sempre pra depois, na sua vida muita coisa era ali no instante pensado. Ela não sabia o que queria, só sabia que tinha que ser o mais rápido possível, queria sair de tudo aquilo, perder o chão e o limite, queria liberdade batendo na cara feito o vento, queria ser como é, e como sempre soube que era.
As coisas não eram fáceis, ela sabia bem disso, o mundo não era colorido feito seu jeans azul, muitas vezes ela o pintava de uma cor qualquer, às vezes ele teimava em voltar a ser opaco, envelhecia até virar preto e branco, por mais que gostasse de fotos preto e branco, seu mundo não podia ser assim, ela sonhava à cores, e pior... ao vivo também.
Talvez fosse ingênua, ou não, nunca ninguém soube ao certo, ela sabia, mas haviam coisas que ela não diria à ninguém.
Ela tinha dúvidas, medos e uma coragem estranha de não abrir mão de ser feliz, às vezes não conseguia, tem coisas que a gente não consegue, não por serem difíceis, mas pelo medo de tentar, de ter coragem, ela pecava no excesso e sentimentos adversos...
Ela era do extremo. Sentia tudo mil vezes aumentado, via o mundo com olhos diferentes, andava com passos largos de quem quer alcançar o futuro logo ali. Personalidade forte que se misturava ao oposto nos seus traços tênues, delicados, de menina, mas no fundo ela sabia que era mais que muita gente que estava ali, ela não parava na sua delicadeza e educação, ela ia além... Tão além que às vezes se perdia entre pensamentos, ações e reações.

♪ Nos tímpanos: Maior abandonado-Cazuza

domingo, 2 de setembro de 2007

Esferográfica azul

Os bilhetes cuidadosamente escritos, esferográfica azul. Escondidos entre outros pápeis, entre o dia-a-dia, esperando a hora da descoberta, esperando ver os olhos brilharem e o coração palpitar. Tiveram alguns perdidos entre abraços, olhares e sensações.
Tenho meu preferido, o que guardo melhor que todos os outros, meu predileto, escrito em uma terça feira qualquer, descoberto na manhã de quarta, papel azul, esferográfica azul, dois nomes, e o palpitar do coração ao ver, sorrir sem perceber.Vieram outros, que gostei tanto quanto.
Não há presente melhor do que lê-los de novo, outra vez, mais tarde, outrora... Não há nada que traga mais lembranças, simples frases ensaiadas sem nenhum pudor, só um único desejo; fazer lembrar de algo que não podia ser esquecido.
Eles continuam aqui, no meio dos meus pápeis de anotações quaisquer, no meio do meu dia-a-dia, não me deixando esquecer, sempre ali pra eu ler, caneta Bic , papel azul, papel rosa, folha de caderno rasgada, um postal... Deixados supostamente em lugares planejados. Os bilhetes cuidadosamente escritos em esferográfica azul. Displicentes e cuidadosos descritos e escritos pelo amor.

♪ Nos tímpanos: Luz dos Olhos-Nando.