Faz um tempo que não apareço aqui pra remoer e jogar fora minhas angústias, meus pensamentos vagos, minhas idéias sem razão.
Mais de um mês atrás eu disse que uma fase nova viria de encontro a mim, ultrapassei a barreira que dividia essas duas dimensões, e cá estou eu, como sempre viva. Respirando o ar dentro dos meus bolsos, com sentidos cada vez mais insensíveis, estagnada por uma rotina de caos constante.
Tenho saudades dos antigos problemas existenciais, com os quais me preocupava horas, agora a rotina mudou e talvez eu apareça só daqui um tempo.
Tenho ainda as antigas metas, mas novas maneiras de alcançá-las. Qualquer novidade, aborrecimento, frustração o papel me salvará, talvez eu apareça aqui e transcreva um de meus versos, enquanto isso, decoro fórmulas e lembro-me que certa vez enquanto andava, disse aos meus sapatos 'não existe formúla para viver', e ainda não existe, eu só procuro vivê-la da forma que ele está.
sexta-feira, 21 de março de 2008
Nada Vai Fazer Voltar
Rabiscado por Natália Alves às 19:56 2 gotas de chuva
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Reações
Acho que nada mais natural do que com o tempo você mudar aos poucos, deixar seus valores mais explícitos e começar a seguir por si só. É claro que às vezes você pode precisar de amigos, talvez nem às vezes, mas sempre, de repente surge uma novidade e você não tem a quem contar, de repente surge um problema e você não tem com quem compartilhar. Isso dói.Mas isto não quer dizer que você tenha que sair pela rua laçando amigos. Com o tempo e com as amizades de diferentes personalidades que eu tive aprendi que amigos são coisas de outro mundo.Eu tenho amigos que não falo há algumas semanas, outros há dias, alguns há meses, eu devo ter de verdade cinco ou seis amigos, que não sei por que motivo considero-os assim. A gente aparece quando dá e não há cobrança quanto a isso, de vez em quando colocamos o papo em dia e eu sei que se precisar de alguém posso ligar.O tempo passou e de muitas amizades eu me distanciei, as pessoas mudam como eu mudei, as pessoas seguem caminhos diferentes, alguns que não condizem com suas escolhas, suas crenças e os seus valores.
Mas a vida como canta a canção têm dessas coisas, as idas e vindas infinitas, às vezes você se arrepende de atitudes que faz e não deixa esplícito qual sua intenção, mas também cantaram por aí em alguma canção ou lei da Física que cada ação traz junto uma reação. Perdão foi inventado pra gente pedir e têm ações que são assim, não têm outras reações se não as impulsivas.
Desculpa.
Rabiscado por Natália Alves às 22:03 0 gotas de chuva
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Coragem Pra Conseguir Vencer
Eu achei que ficaria sem escrever aqui por muito tempo, mas eu não resisto, a minha forma de estravazar, de tentar me entender é escrever, nada que eu tenha escrito aqui até agora é invenção, são fragmentos da minha vida real.
A vida está mudando, pelo menos a minha, ela é tão engraçada e exata,acha solução pra tudo, me traz obstáculos pra que eu vença, mas nem sempre eu ando munida de tanta coragem, pra dizer a realidade quase sempre eu ando sem nenhuma coragem, eu sou covarde.
Tão covarde que ou eu fujo de alguns problemas (e eles sempre me alcançam) ou eu empurro-os com a barriga até onde dá, e na maioria das vezes que 'foda-se' e está tudo bem.
Desta vez é diferente, a corda acabou, e meu equilíbrismo entre farça e verdade está por um fio do abismo.
É a hora e é agora, que Deus me traga luz, que eu me arrisque num salto ao abismo, que voe alto, longe, que dê tudo certo. Eu estou torcendo, e a coragem... Talvez ela dê as caras...
Rabiscado por Natália Alves às 23:44 0 gotas de chuva
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Holiday
Ando pensando, mudando, acho que as coisas por aqui mudarão junto comigo. Estou lendo novos livros e ouvindo novas músicas. Vivendo uma nova fase que daqui algumas semanas se iniciará a todo vapor.
Talvez este período me renda bons frutos, talvez não. Talvez os textos melhorem, talvez eu desista logo de vez de me tornar jornalista.
Síndrome de nenhum leitor para os meus textos furados...
Poesia nunca foi minha praia.
Mas enfim, talvez eu volte logo, talvez não, não que eu tenha desistido, mas agora o foco é lapidar o diamante. Vou pra outras plagas.
Rabiscado por Natália Alves às 19:50 1 gotas de chuva
domingo, 3 de fevereiro de 2008
Página
A curiosidade não cessava, o desejo de conhecer o desconhecido até então. Descobrir novos mundos, ampliar horizontes, tirar seus pés do chão, voltar milenios atrás, conhecer gente nova, países, lugares, paraísos perdidos em páginas de livros.
Seu humor às vezes mudava, tinha necessidade de falar e ser ouvida, "não gosto deste assunto.", "tá.", ela respeitava.
Acaba o assunto, vira a página.
Rabiscado por Natália Alves às 23:35 0 gotas de chuva
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Ouvi Dizer
Hoje como em outros dias desse ano que ainda não completou um mês eu vivo a preocupação, a ansiedade, a inquietação que viverei até meados de Agosto e que se estenderá até Novembro, Dezembro...
De repente o relógio marcava hora de acordar, já não havia mais espera, já não havia mais comodismo, não haviam razões , não havia mais tempo, o momento era ali e agora, e o relógio parecia não estar cansado de ter dado as inúmeras voltas que o fizeram chegar a este ponto.
Eu não reparei, eu não quis pensar, eu adiei o máximo que pude, mas aqui está ele, o momento.
Escolhi o agora, não o depois.
Vesti as armaduras, tomei a dose extra de coragem, disposição, peguei o binóclo pude ver meu sonho de perto, cada vez mais perto, os objetivos que um dia desenhei em pensamentos soltos dependendo apenas de um único passo.
Ouvi dizer que quem tem um sonho não dança. Resolvi correr atrás de mais uma Ideologia.
A cada dia sinto o sonho mais perto...
A vida, o tempo,os sonhos não, nunca param.
Rabiscado por Natália Alves às 20:21 0 gotas de chuva
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Às vezes eu digo "Tudo bem, não foi nada." com um nó na garganta, às vezes eu finjo que não sei o porquê , às vezes eu me finjo de joão sem braço, me acomodo e assisto à cena.
Já vi um filme assim, mas não posso concordar com o fim.
Rabiscado por Natália Alves às 21:45 0 gotas de chuva
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Almas Perfumadas
Rabiscado por Natália Alves às 23:22 0 gotas de chuva
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Não Pára
Eu sei que aos seus olhos todas as minhas lágrimas são sinal de fraqueza.
Mas não serão suas palavras que me farão desistir. Não tão cedo assim.
"mas se você achar que eu tô derrotado saiba que ainda estão rolando os dados, porque o tempo..."
Rabiscado por Natália Alves às 22:02 0 gotas de chuva
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Dos Reflexos Involuntários
Ela olhava para os meus olhos, com seus 1.50cm de altura, como ali dentro daquele corpo podia caber tanto saber sobre mim?
Me mudei para esta rua em algum mês pelas bandas de Outubro, eu tinha apenas sete anos e brincava e andava de bicicleta com os joelhos esfolados pelos tombos corriqueiros.
Ela me disse coisas sobre o mais íntimo de mim, disse que eu escolhi uma capa e vesti, que eu me senti bem com ela, que fiz dela minha segunda pele.
Comecei a voar longe, imaginei uma loja onde vendiam-se máscaras novas, capas e peles, repletas de hipocrisia, ou do que você quisesse. Imaginei meu armário com capas de intelectual, de escritora, de sonhadora, máscaras pra combinar o look.
Ela me dizia que a minha capa atual era a de Natália madura, mas que a Natália de verdade queria colo, queria ser a garotinha. Ela me disse sobre minhas cobranças, de tentar sempre ser o melhor possível, de às vezes se decepcionar consigo mesma. Me disse que eu me questiono muito e que têm coisas na vida que deveriam ser aceitas com mais facilidade.
Chegando em casa abri meu armário de capas, resolvi guardar a minha só por esta noite, ser um pouco mais eu mesma, amanhã volto a vesti-la e a me defender dos reflexos de outras capas e máscaras.
Rabiscado por Natália Alves às 22:12 2 gotas de chuva
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Espelho Quebrado
A camisa social com mangas dobradas, aliviando o calor que faz em janeiro, os sapatos engraxados com graxa barata.
Tirava a carteira do bolso, junto com as chaves e jogava-as em cima da mesa, elas amanheceriam ali, onde de manhã atrasado você procuraria aos berros onde é que elas se esconderam.
A rotina se repetia como curtas em nossas vidas, sua vida era minha, minha vida nessa época ainda era sua, de repente a gente foi mudando como as estaçõs de Janeiro passamos à Julho, Agosto, e nada mais faria diferença.
Tivemos tantas épocas, ás vezes achei que não daria mais, fui forçada a crescer de uma hora pra outra e isso causou os danos que hoje a gente sabe quais são.
Quis por vezes e vezes jogar tudo pro alto e mostrar que eu sabia quem era, que eu sabia que seria mais, que eu podia sim ser o que eu quisesse, e não seria você que me derrubaria, não tão fácil assim.
Dias de aula, dias dificeis, os dias que juntos formam anos de conflitos internos entra nós mesmos.
A camiseta com desenhos de peixes, o boné do time do coração, as lembranças que hoje me restam, as brigas que às vezes eu tento esquecer, não ligar, deixar pra depois, pra manhã, pra quem sabe tentar aceitar o espelho que nos reflete.
Rabiscado por Natália Alves às 21:49 0 gotas de chuva
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Crônicas, contos, fragmentos de mim mesma
Eu tenho um caderno, e tive também a idéia de começar a escrever nele logo que ganhei-o da minha mãe. Eu sempre adorei cadernos, agendas e todas quinquilharias que existem numa papelaria.
Enfim, ganhando o tal caderno minha vontade absurda foi a de escrever alguma coisa ali naquele papel pronto a ser o que eu quisesse que ele fosse, de repente um conto uma crônica, uma bolinha arremessada ao lixo.
O papel de papel reciclado ali na minha frente com cheiro de caderno novo de papel reciclado.
Comecei a escrever na empolgação que tenho sempre quando ganho cadernos, canetas, agendas ou qualquer outra quinquilharia que existe em uma papelaria.
Tenho folhas e folhas, escritas à Bic azul, tentando caprichar na minha letra meio sem forma definida, algumas páginas com coisas que escreveram pra mim, coisas que me fazem lembrar de como eram as coisas no tempo dos cadernos mais modernos de folhas de papel reciclado.
Lendo meus contos que na época eu jurava serem crônicas, eu fico lembrando desse passado de ano que se foi, dos detalhes que ali eu coloquei de mim, do jeito como eu era, e de como abandonei o caderno e a caneta Bic.
Troquei-os por um blog com template feio, joaninhas perdidas meio nada a ver com o contexto de pensamentos, guardo hoje meus contos, crônicas e textinhos furados (na maioria dos casos) em um arquivo virtual, sem folhas recicladas, sem cheiro bom de caderno novo. Talvez eu tenha mudado e escolhido olhar sempre para essa tela branca, onde não mais escrevo, mas publico. Ainda sim é como se eu estivesse aqui mergulhada em um infinito diário vicioso, no qual eu continuo incessantemente o que talvez seja essencialmente o meu eu;
Escrever.
Rabiscado por Natália Alves às 21:50 2 gotas de chuva