Enquanto o ônibus avançava deixando árvores, postes e casas pra trás, muito mais coisas ficavam incompletas.
O beijo voou, atravessou a janela e foi parar na boca dele. O sorriso voou, atravessou paredes e foi ficar nas lembranças dela.
Uma avenida de pessoas passando, de vida correndo, de mundo nem sempre justo. Dois olhares que derrubaram o que viram pela frente, que se desencontraram a medida que o sinal abriu.
Um sorriso, algumas palavras amigas e lá foi ela, sem medo de perder, torcendo pra ganhá-lo.
Um medo de parar qualquer trânsito apressado, uma vontade de arriscar e ser feliz. Quase não foi encontrá-la. E se não tivesse ido? Sei lá.
Até aquele ponto os dois viveram o que cada um tinha pra ser vivido, lá cada um da sua maneira, e ela meio confusa entre razão, emoção. Ela é comum e é normal ♪. Ser humano, com encéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor. Assim como ele. Porém, tão diferentes entre beijos, abraços, sorrisos e meses que se passaram.
Hoje o beijo dela voou atráves da janela do ônibus, depois do feriado que foi o melhor que poderiam ter conseguido.
O sorriso dele ela guardou na lembrança. O cheiro dele impregnou-a.
A risada dela o faz sorrir sozinho.
'E todo mundo diz que ele completa ela. E vice-e-versa. Que nem feijão com arroz. ♪'
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
A tarde morna
Rabiscado por Natália Alves às 19:50 0 gotas de chuva
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Enquanto ele me diz mil coisas que eu até às vezes ouço algum sentido, eu leio cartas, blogs, e gibis.
Finjo que não corrói, o que tanto dói em mim.
Rabiscado por Natália Alves às 21:50 1 gotas de chuva
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Rabiscado por Natália Alves às 22:10 0 gotas de chuva
Uma partida
Era uma quarta feira de um tom meio cinza, um calor repentino que ameaçava chegar, de repente um vento frio batia voraz, e os seus cabelos castanhos voavam no ar.
Era tudo muito normal, uma manhã daquelas tais.
Às vezes aquelas manhãs traziam consigo jogadas inesperadas, coisas que ela amava.
Pareciam como eram. Os dois sempre juntos, mãos, sorrisos, piadas, abraços, enfim...
Mas as emoções eram como a temperatura daquela manhã, olhando os dois assim de longe, eu osvia igualmente longe.
Cada um com seu desprezo forçando a superar aquela vontade louca que ela sentia de pular no colo dele. Ele queria chegar perto, e a observava, ela sabia disso. Eles jogavam.
Olhares pelo cantinho dos olhos, ela queria tanto chorar, queria tanto dizer tudo que estava ali engasgado, mas ela só sabia escrever, no fundo tinha um jeito introspectivo.
As mãos dele procuravam algo que estava longe, escolha dos dois. De longe parecia que ele queria que ela fosse correndo seus braços, ela queria o mesmo, mas nenhum dos dois abandonaria o seu orgulho. Era um jogo. Eles estavam ali pra ganhar.
Àpice de raiva, de impulso e sei lá. Cada um no seu espaço, em seu campo, regras definidas.
Ela estava chatiada, ela não tinha feito isso! Porquê cartão vermelho? Nem sempre as regras são claras.
Nem sempre ele agia de uma forma que justificasse seus discursos políticos. Nem sempre ela agia da forma que queria. Talvez os dois devessem ser um pouco melhor. Eles jogavam.
Mas às vezes a estratégia falha. O orgulho cai. Impeachment. E os dois?
Ah... eles sempre voltam a ser do mesmto time.
Rabiscado por Natália Alves às 21:03 0 gotas de chuva
domingo, 11 de novembro de 2007
Das cartas não enviadas
Lu,
Rabiscado por Natália Alves às 20:46 0 gotas de chuva
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Só por MAIS hoje.
"Encontrei um pedaço do meu sonho, que já não é tão novo, é bem antigo até. Encontrei-o e amassei, numa fração de impulso, raiva e aquilo que ainda está preso aqui dentro.
Joguei-o fora. Não quero mais lembrar da chance que eu tive e por questões que eu nem sei quais são... Perdi. Desastrosamente e vergonhosamente. Enfim...
Mentir que isso tudo já foi, que eu não me preocupo é ridículo. Nunca mais escrevi aqui, e a culpa foi desse sonho. Mais ridículo é eu estar desabafando em palavras, das quais eu não sou capaz de fazer nada além de textos furados.
Uma pena.
A esperança vive ainda respirando por aparelhos. Eu vivo ainda com o antigo sonho na cabeça, se vai dar certo, se eu vou conseguir algum dia desses. Sei lá. Pode ser?
Até pode, mas eu tenho que me libertar e voltar a respirar por mim mesma".
Só por hoje.
Rabiscado por Natália Alves às 22:01 0 gotas de chuva