quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Uma partida

Era uma quarta feira de um tom meio cinza, um calor repentino que ameaçava chegar, de repente um vento frio batia voraz, e os seus cabelos castanhos voavam no ar.
Era tudo muito normal, uma manhã daquelas tais.
Às vezes aquelas manhãs traziam consigo jogadas inesperadas, coisas que ela amava.
Pareciam como eram. Os dois sempre juntos, mãos, sorrisos, piadas, abraços, enfim...
Mas as emoções eram como a temperatura daquela manhã, olhando os dois assim de longe, eu osvia igualmente longe.
Cada um com seu desprezo forçando a superar aquela vontade louca que ela sentia de pular no colo dele. Ele queria chegar perto, e a observava, ela sabia disso. Eles jogavam.
Olhares pelo cantinho dos olhos, ela queria tanto chorar, queria tanto dizer tudo que estava ali engasgado, mas ela só sabia escrever, no fundo tinha um jeito introspectivo.
As mãos dele procuravam algo que estava longe, escolha dos dois. De longe parecia que ele queria que ela fosse correndo seus braços, ela queria o mesmo, mas nenhum dos dois abandonaria o seu orgulho. Era um jogo. Eles estavam ali pra ganhar.
Àpice de raiva, de impulso e sei lá. Cada um no seu espaço, em seu campo, regras definidas.
Ela estava chatiada, ela não tinha feito isso! Porquê cartão vermelho? Nem sempre as regras são claras.
Nem sempre ele agia de uma forma que justificasse seus discursos políticos. Nem sempre ela agia da forma que queria. Talvez os dois devessem ser um pouco melhor. Eles jogavam.
Mas às vezes a estratégia falha. O orgulho cai. Impeachment. E os dois?
Ah... eles sempre voltam a ser do mesmto time.

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