sexta-feira, 16 de novembro de 2007

A tarde morna

Enquanto o ônibus avançava deixando árvores, postes e casas pra trás, muito mais coisas ficavam incompletas.
O beijo voou, atravessou a janela e foi parar na boca dele. O sorriso voou, atravessou paredes e foi ficar nas lembranças dela.
Uma avenida de pessoas passando, de vida correndo, de mundo nem sempre justo. Dois olhares que derrubaram o que viram pela frente, que se desencontraram a medida que o sinal abriu.
Um sorriso, algumas palavras amigas e lá foi ela, sem medo de perder, torcendo pra ganhá-lo.
Um medo de parar qualquer trânsito apressado, uma vontade de arriscar e ser feliz. Quase não foi encontrá-la. E se não tivesse ido? Sei lá.
Até aquele ponto os dois viveram o que cada um tinha pra ser vivido, lá cada um da sua maneira, e ela meio confusa entre razão, emoção. Ela é comum e é normal ♪. Ser humano, com encéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor. Assim como ele. Porém, tão diferentes entre beijos, abraços, sorrisos e meses que se passaram.


Hoje o beijo dela voou atráves da janela do ônibus, depois do feriado que foi o melhor que poderiam ter conseguido.

O sorriso dele ela guardou na lembrança. O cheiro dele impregnou-a.
A risada dela o faz sorrir sozinho.

'E todo mundo diz que ele completa ela. E vice-e-versa. Que nem feijão com arroz. ♪'

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