domingo, 23 de dezembro de 2007

Das tantas

Lembra daquelas vezes em que a gente sentava no balcão da lanchonete, eu com pijama cheio de pintinhos, de pantufa de cachorro pedia um enrroladinho de queijo e presunto?
Lembra das histórias que você me contava que muitas vezes não me deixavam dormir à noite?
Sem querer hoje eu lembrei de você, é uma pena que você esteja tão incomunicável que eu não possa te dizer que adorei todas as histórias, que sei a maioria delas.
Você não está do outro lado do Atlântico, nem um tanto de kilômetros daqui, você se foi há um tempo que eu não sei ao certo dizer.
Hoje algo me trouxe saudades daquele amigo boêmio perdido nas minhas lembranças.
O sorriso jovem que iluminava seu rosto, o jeito malandro de falar e gesticular, a barba por fazer grisalha, a camisa social amassada.
As balas de hortelã que disfarçavam o seu vício de fumar um cigarro atrás do outro. O chopp gelado no copo, o clima quente lá fora.
Lembra desses fins de tarde, dessas vezes, das caronas no Escort vermelho fumacento, do meu pijama.
Será que onde quer que você esteja você lembra de mim?

Ps: ao Vilmar, eu nunca vou esquecer de você.

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