terça-feira, 16 de outubro de 2007

Nunca mais parece triste

Foi como perder o chão, foi como água que escorresse entre os meus dedos, foi como a dor de perder a Copa de 98, foi como a dor de perder a libertadores pro Boca Juniors em Tóquio. Foi péssimo.
Eu tentei não ligar, eu tentei ser mais forte, até jurei não vir aqui escrever sobre isso, tentei não deixar que isso ultrapassasse a barreira entre minha cabeça e os meus gestos. Eu tentei não chorar. Eu juro que tentei.
De repente o que eu achava que daria certo deu errado, de repente era mais um quadro que eu não desejava ver na parede da memória. De repente eu não faço isso muito bem, de repente...
O que me consolava naquela hora eram aqueles olhos, tão límpidos, tão sinceros, banhados de um brilho que um dia me conquistou, os mesmos velhos olhos de sempre.
Outro estranho fato foi notar o título do livro que estava na minha mão. Muita irônia do Sr. Destino, o livro que eu havia pego semana passada na biblioteca chamava-se "No fim dá certo", do Sabino. Eu gosto dele. Quem sabe se eu escrevesse biscoitos como ele ganharia o que eu tanto queria.
Os olhos, o título, tudo isso me fez pensar. Talvez eu devesse gastar menos tempo da minha vida pensando, talvez eu devesse aprender a pensar direito, a me expressar direito, a... Enfim.

O certo é de que a vida continua, que os sonhos não terminam assim. Pelo menos não agora.
Eu vou continuar, eu tenho os velhos e tão amados olhos, e eu tenho a vontade que não me deixa parar. Lágrimas pra depois, chorar agora é uma bobagem.

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