sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Tarde vazia

Uma sala de paredes gema de ovo, outras laranjas, bexigas penduradas, um quadro branco, lápis, canetas e papéis, aula de inglês.
Olhava pela janela, via um pedaçinho da rua, ouvia Ana Carolina, por segundos fechava os olhos, deixava aquele lugar e ao reparar só tinha olhos pra ele, somente ele que via.
E ele é a razão, é o que me faz abrir os olhos todo dia e desligar o celular a despertar debaixo do meu travesseiro, com vigor, com a vontade de uma criança indo passar as férias na Disney; mas não, certamente o que me aguarda não são férias, eu acordo todo dia pra escolher um colar que combine com os brincos e pegar um ônibus lotado, no meio de uma multidão, e no meio da multidão eu não tenho olhos pra ninguém não vejo ninguém.
Faço isso só pra ter a chance de olhar mais uma vez para aqueles olhos e abraçá-los.
Luca... Nada é capaz, e não há de haver mais nada nesse mundo que me traga tanta paz, que me faça tão bem, que me faça tão melhor.

Paredes gema de ovo, algumas laranjas, um vento frio bateu, me fazendo voltar à...
Minha realidade longe dele.



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